Catequista é mistagogo!
Comecemos por entender o que significa a palavra. A palavra ‘mistagogia' vem do grego e á composta
de duas partes: ‘mist' + ‘agogia'.
‘Mist' vem de ‘mistério' e ‘agogia' significa ‘conduzir', ‘guiar'. Podemos definir a palavra como: a ação de
guiar, conduzir para dentro do mistério. É muito interessante!
E o que diz a Igreja?
Na carta apostólica de Motu Proprio, Antiquum Ministerium , o Papa Francisco diz: “O catequista é
simultaneamente testemunha da fé, mestre e mistagogo, acompanhante e pedagogo
que instrui em nome da Igreja. Uma identidade que só mediante a oração, o
estudo e a participação direta na vida da comunidade é que se pode desenvolver
com coerência e responsabilidade” (AM, n.06)
A mistagogia, então,
como ato de iniciar e instruir alguém nos valores da fé, é própria de
catequistas.
Pode-se dizer que mistagogia é o tempo em que a pessoa
aprofunda e transmite aquilo que já é
realidade na sua vida cristã.
Isto acontece a partir do diálogo que Deus vai tecendo
amorosamente com cada pessoa e com cada comunidade. É uma espécie de eco dessa relação
com Deus.
Primeiro a iniciação
cristã. Depois a mistagogia
A mistagogia normalmente vem depois da celebração dos sacramentos
da iniciação cristã. A pessoa chega ao conhecimento completo dos mistérios
através das explicações e da experiência dos sacramentos recebidos.
Assim, os fiéis são ‘iniciados' no mistério, não somente
com palavras, mas através de ações simbólicas como os ritos. No sentido
original, são os ritos das celebrações litúrgicas que têm esta função
mistagógica de conduzir para dentro do mistério.
Conhecer Jesus é o
melhor presente
A celebração, cada momento, cada palavra, cada gesto,
cada movimento, revela o mistério e faz mergulhar nele: no mistério de Deus, no
mistério da vida, no mistério da história e no próprio mistério.
Ser cristão não é um dever pesado, uma obrigação, mas um
dom: "Deus Pai nos abençoou em Jesus Cristo”. O Documento de Aparecida
diz: “A alegria do discípulo é antídoto frente a um mundo atemorizado pelo
futuro e oprimido pela violência e pelo ódio... Conhecer Jesus é o melhor
presente que qualquer pessoa pode receber e dar; tê-lo encontrado foi o melhor
que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é
nossa alegria” (DAp. 29).
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