No último domingo de Agosto a Igreja comemora o “Dia Nacional do Catequista”. É uma boa ocasião para refletir sobre a vocação do catequista. “Não fostes vós que Me escolhestes, mas fui Eu que vos escolhi” (Jo 15,16). Catequista é ser chamado por Deus para uma importante missão. “O chamado a SER CATEQUISTA não é algo pessoal, mas obra divina, graça. A missão do catequista está na raiz da palavra ‘catequese’, que vem do grego ‘katechein’ e quer dizer ‘fazer eco’”.
Catequista é aquele/la que se coloca a serviço da Palavra, que se faz instrumento para que a Palavra ecoe. O Senhor o/a chama para que, através da vida, da sua pessoa, da sua comunicação, a Palavra seja proclamada, Jesus Cristo seja anunciado e testemunhado.
A Igreja deve à Catequese todo o seu passado. É importante ressaltar a importância do catecumenato na igreja primitiva, que iniciava, aprofundava e difundia a fé de Jesus Cristo. Era perigoso catequizar nos inícios da Igreja por causa do risco do martírio, das perseguições, a exclusão da sociedade, o risco de perder a liberdade por ensinar uma fé proibida pelos poderosos da época. Quantos catequistas morreram mártires ou vítimas das doenças em regiões inóspitas. Todos nos lembramos de nossos catequistas que ainda hoje vão à luta, não se cansam, cumprem religiosamente o seu ministério, e tem um amor invejável pela messe, pelos catequizandos. O futuro da Igreja está nas mãos desses trabalhadores da fé!
Para anunciar e aprofundar a fé nesta sociedade culturalmente hedonista, consumista, injusta, sem qualquer espiritualidade, individualista, violenta, sem respeito pelo ser humano necessitamos da Catequese para chegar ao coração daqueles que foram evangelizados e se entusiasmaram pelo Cristo. O homem precisa se encontrar, ainda mais na sua divisão interior, na sua falta de sentido, preso às cadeias da existência. A importância do Catequista é a sua linguagem e proximidade com as pessoas. O Catequista pode abordar o homem de hoje, entender seus problemas e indicar um caminho de paz, serenidade, amor e alegria de viver. Mas, o Catequista também tem um grande compromisso: de ser fiel à integralidade da mensagem de Cristo e da sua Igreja.
Por meio da catequese, a Igreja vai exercendo de um modo específico a “educação da fé”. Bela missão, rica de possibilidades e também de desafios imensos! Além da catequese institucional oferecida pelas paróquias, todos somos também chamados a ser catequistas. Ao percorrer as atividades catequéticas nas suas mais variadas expressões e condições, segundo as diversas realidades pessoais, culturais, geográficas e mesmo de experiência de fé, de uma certa forma todos somos chamados a exercer essa bela e árdua missão tanto em família, como nas comunidades e na vida pessoal.
O documento Catequese Renovada, números 144-151, apresenta um roteiro geral sobre a missão do catequista, que podemos assim resumir: 1) O catequista exerce sua missão em nome de Deus e da comunidade profética, em comunhão com os pastores da Igreja; 2) O catequista anuncia a Palavra e denuncia tudo o que impede o ser humano de ser ele mesmo e de viver sua vocação de filho de Deus, e 3) O catequista ajuda a comunidade a interpretar criticamente os acontecimentos, a libertar-se do egoísmo e do pecado e a celebrar sua fé na Ressurreição.
Para cumprir bem sua missão, o catequista deve ser uma pessoa inserida na comunidade eclesial, ter um espírito de abertura e humildade para procurar sempre crescer. É indispensável que o catequista tenha uma experiência pessoal e comunitária da fé para que sua missão seja frutuosa. Importante, ainda, é a participação do catequista em cursos de capacitação, mas é necessário também que tenha consciência de ser membro de uma equipe que trabalha para o mesmo objetivo e, por isso, deve cultivar uma vida comum, refletir, organizar, trabalhar e avaliar junto e, ainda, celebrar comunitariamente a fé e a missão.
Queridos Catequistas, nossas orações e bênçãos neste último domingo do mês de agosto, mês vocacional, pois é o Dia Nacional do Catequista. Aceitem com humildade os dons, carismas e frutos que o Espírito Santo vos confiou. Contem sempre com a oração da Igreja. E mostrem sempre o rosto bonito de Jesus Cristo às pessoas. Os catequistas são muitos de milhares. Precisamos valorizar seu trabalho e ajudá-los nesta transmissão da fé. Rezemos para que Deus sempre envie bons e santos Catequistas para a comunidade catequética.
* Orani João, Cardeal Tempesta, O.Cist. - Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
Catequista é aquele/la que se coloca a serviço da Palavra, que se faz instrumento para que a Palavra ecoe. O Senhor o/a chama para que, através da vida, da sua pessoa, da sua comunicação, a Palavra seja proclamada, Jesus Cristo seja anunciado e testemunhado.
A Igreja deve à Catequese todo o seu passado. É importante ressaltar a importância do catecumenato na igreja primitiva, que iniciava, aprofundava e difundia a fé de Jesus Cristo. Era perigoso catequizar nos inícios da Igreja por causa do risco do martírio, das perseguições, a exclusão da sociedade, o risco de perder a liberdade por ensinar uma fé proibida pelos poderosos da época. Quantos catequistas morreram mártires ou vítimas das doenças em regiões inóspitas. Todos nos lembramos de nossos catequistas que ainda hoje vão à luta, não se cansam, cumprem religiosamente o seu ministério, e tem um amor invejável pela messe, pelos catequizandos. O futuro da Igreja está nas mãos desses trabalhadores da fé!
Para anunciar e aprofundar a fé nesta sociedade culturalmente hedonista, consumista, injusta, sem qualquer espiritualidade, individualista, violenta, sem respeito pelo ser humano necessitamos da Catequese para chegar ao coração daqueles que foram evangelizados e se entusiasmaram pelo Cristo. O homem precisa se encontrar, ainda mais na sua divisão interior, na sua falta de sentido, preso às cadeias da existência. A importância do Catequista é a sua linguagem e proximidade com as pessoas. O Catequista pode abordar o homem de hoje, entender seus problemas e indicar um caminho de paz, serenidade, amor e alegria de viver. Mas, o Catequista também tem um grande compromisso: de ser fiel à integralidade da mensagem de Cristo e da sua Igreja.
Por meio da catequese, a Igreja vai exercendo de um modo específico a “educação da fé”. Bela missão, rica de possibilidades e também de desafios imensos! Além da catequese institucional oferecida pelas paróquias, todos somos também chamados a ser catequistas. Ao percorrer as atividades catequéticas nas suas mais variadas expressões e condições, segundo as diversas realidades pessoais, culturais, geográficas e mesmo de experiência de fé, de uma certa forma todos somos chamados a exercer essa bela e árdua missão tanto em família, como nas comunidades e na vida pessoal.
O documento Catequese Renovada, números 144-151, apresenta um roteiro geral sobre a missão do catequista, que podemos assim resumir: 1) O catequista exerce sua missão em nome de Deus e da comunidade profética, em comunhão com os pastores da Igreja; 2) O catequista anuncia a Palavra e denuncia tudo o que impede o ser humano de ser ele mesmo e de viver sua vocação de filho de Deus, e 3) O catequista ajuda a comunidade a interpretar criticamente os acontecimentos, a libertar-se do egoísmo e do pecado e a celebrar sua fé na Ressurreição.
Para cumprir bem sua missão, o catequista deve ser uma pessoa inserida na comunidade eclesial, ter um espírito de abertura e humildade para procurar sempre crescer. É indispensável que o catequista tenha uma experiência pessoal e comunitária da fé para que sua missão seja frutuosa. Importante, ainda, é a participação do catequista em cursos de capacitação, mas é necessário também que tenha consciência de ser membro de uma equipe que trabalha para o mesmo objetivo e, por isso, deve cultivar uma vida comum, refletir, organizar, trabalhar e avaliar junto e, ainda, celebrar comunitariamente a fé e a missão.
Queridos Catequistas, nossas orações e bênçãos neste último domingo do mês de agosto, mês vocacional, pois é o Dia Nacional do Catequista. Aceitem com humildade os dons, carismas e frutos que o Espírito Santo vos confiou. Contem sempre com a oração da Igreja. E mostrem sempre o rosto bonito de Jesus Cristo às pessoas. Os catequistas são muitos de milhares. Precisamos valorizar seu trabalho e ajudá-los nesta transmissão da fé. Rezemos para que Deus sempre envie bons e santos Catequistas para a comunidade catequética.
* Orani João, Cardeal Tempesta, O.Cist. - Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ