Parábola da semente

"Saiu o semeador a semear..." (Mc 4,3)



terça-feira, 3 de setembro de 2024

53º Congresso Eucarístico Internacional


O
*53º Congresso Eucarístico Internacional* acontece em Quito, Equador, de 8 a 15 de setembro.

O tema é : “Vocês são todos irmãos” (Mt 23,8)

Em carta ao 53º Congresso, o Papa Francisco pede fraternidade para curar o mundo.

Dia 8, na missa de abertura, 1,6 mil crianças equatorianas receberão a primeira Comunhão.

Dia 9, apresentação das feridas que afetam a humanidade.

Dia 10, dedicado ao tema da fraternidade.

Dia 11, reflexão sobre a transfiguração do mundo por meio da Eucaristia.

O tema da sinodalidade será abordado no dia 12.

Dia 13, o Congresso focará a Eucaristia como salmo que louva e encoraja a fraternidade.

Dia 14, missa solene, às 16h, e procissão eucarística pelas ruas do centro de Quito. No final, Bênção na Basílica do Voto Nacional.



Domingo, 15, encerramento solene, e anúncio do próximo Congresso Eucarístico.

Fotos: CNBB


Mês da Bíblia - Setembro 2024

No Mês da Bíblia refletimos  o texto de Ez 37,1-14, do qual foi extraído o lema para 2024: “Porei em vós meu Espírito e vivereis”.

O texto bíblico apresenta a imagem de Deus que leva o profeta até um vale de ossos, completamente secos e desarticulados, que representam o povo sem vida, num contexto marcado pela morte, desunido e sem nenhuma possibilidade de esperança (Ez 37,1-2).

Nesse cenário terrível, Deus questiona Ezequiel com uma pergunta desconcertante: “Filho do ser humano, acaso esses ossos viverão?" Diante da impossibilidade de fazê-los reviver, por causa da desintegração e dessecação, o profeta responde: “Meu Senhor, tu o sabes” (v. 3).

Deus, diante da total limitação do profeta, pede que profetize aos ossos, dizendo: “Ó ossos secos, escutai a palavra do Senhor!  Assim diz Deus, meu Senhor, a esses ossos: ‘eis que sou eu quem fará vir a vós um sopro, e vivereis. Porei tendões sobre vós. Farei subir carne sobre vós. Estenderei pele sobre vós. Darei um sopro a vós, e vivereis. Então sabereis que eu sou o Senhor-Deus” (v. 4-6).

Após a profecia, os ossos se unem formando cadáveres. Estão agora articulados, mas sem vida, porém pelo fato de estarem juntos, dos corpos voltarem a existir, há um sinal de esperança. Por isso, Deus se dirige novamente a Ezequiel para que profetize ao sopro, concedendo a vida a esses corpos mortos (vv. 9-10).

Essas imagens nos reportam à criação, portanto trazem para o povo completamente desarticulado, sem vida e esperança a possibilidade de um novo começo.

Nesse contexto, Deus, ao se dirigir novamente ao profeta, o revela-lhe a identidade desses ossos, “são toda a casa de Israel” (v. 11). Eles representam os habitantes dos dois reinos, Israel e Judá, que perderam a Terra Prometida por causa de sua infidelidade à Aliança estabelecida como o Senhor, estando uma boa parte no exílio, entre outros povos.

Por sua infidelidade se tornou um povo morto, sem esperança, sem nenhuma possibilidade de retomar a caminhada, mas Deus é sempre fiel e dará mais uma chance ao povo, renovará a aliança, colocando seu Espírito no coração do povo e ele viverá! 

Se olharmos ao nosso redor, também encontraremos realidades sofridas como esse vale de ossos desarticulados: são pessoas que perderam sua dignidade, perambulando nas ruas de nossas cidades; são jovens sem a esperança de um futuro melhor; pessoas fechadas em seus mundos, e poderia estender essa lista ao infinito.

Mas, também nos deparamos com vozes proféticas que anunciam a esperança, jovens ajudando outros jovens em sua caminhada, pessoas que lutam pela dignidade e os direitos humanos, que saem de si para irem ao encontro, sobretudo, de quem mais necessita.

Neste mês da Bíblia somos convidados e convidadas a sermos anunciadores de esperança, e a ouvirmos o apelo de Deus que nos pede: Profetiza aos ossos... profetiza ao sopro... profetize aos seus familiares, amigos, amigas, membros de sua comunidade... pois é possível acreditar numa nova criação, no amanhecer de uma nova aurora. Profetiza!


Para reflexão

1. O lema escolhido para o Mês da Bíblia é: “Porei em vós meu Espírito e vivereis” (Ez 37,14). O que esse lema desperta em mim? Quais realidades dentro de mim estão sem vida e que precisam ser revivificadas pelo Espírito de Deus? 

2. Como exercer minha missão profética diante daquelas situações que avalio como sem esperança? 

3. O que significa testemunhar a esperança como cristão, cristã, na sociedade hoje? 

4. Muitas vezes, em determinadas realidades desoladoras, nossos esforços não conseguirão grandes coisas, como o profeta diante da situação de seu povo (semelhante a ossos secos desarticulados, por causa do exílio, da perda de tudo), mas é necessário confiar na ação vivificante de Deus, como fez Ezequiel. Assim, podemos nos perguntar: nos momentos de dificuldades, de realidades nas quais não vemos saídas, a quem nos apegamos? Confiamos no Espírito recriador de Deus? 

Canto Bíblico: Hino da Bíblia