Parábola da semente

"Saiu o semeador a semear..." (Mc 4,3)



sábado, 24 de novembro de 2012

Hino da Fé

Após um cuidadoso trabalho de tradução e revisão, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulga a versão oficial do Hino da Fé para o Brasil.

Trata-se de uma iniciativa das Comissões Episcopais Pastorais para a Liturgia e para a Doutrina da Fé, para que a canção seja usada pela Igreja no Brasil durante este Ano da Fé.

A seguir, reproduzimos o texto enviado pelas comissões, com um breve comentário sobre a canção.




O hino
CREIO, Ó SENHOR!
Hino do Ano da Fé
Música e texto original italiano
Tradução para o Brasil: CNBB


1. Caminhamos repletos de esperança, tateando pela noite.
Nos encontras no Advento da história,
És pra nós o Filho do Altíssimo!
CREIO, Ó SENHOR, CREIO!
Com os santos que caminham entre nós, Senhor, nós te pedimos:
AUMENTA, AUMENTA A NOSSA FÉ!
CREIO, Ó SENHOR, AUMENTA A NOSSA FÉ!

2. Caminhamos frágeis e perdidos, sem o pão de cada dia.
Tu nos nutres com a luz do Natal,
És pra nós a estrela da manhã!
CREIO, Ó SENHOR, CREIO!
Com Maria, a primeira dos que creem, Senhor, a ti oramos:
AUMENTA, AUMENTA A NOSSA FÉ!
CREIO, Ó SENHOR, AUMENTA A NOSSA FÉ!

3. Caminhamos, cansados e sofridos, as feridas ainda abertas.
Tu sacias quem te busca nos desertos,
És pra nós a mão que cuida e nos cura!
CREIO, Ó SENHOR, CREIO!
Com os pobres que esperam à porta, Senhor, nós te invocamos:
AUMENTA, AUMENTA A NOSSA FÉ!
CREIO, Ó SENHOR, AUMENTA A NOSSA FÉ!

4. Caminhamos sob o peso da cruz nas pegadas dos teus passos.
Tu ressurges na manhã da santa Páscoa,
És pra nós o Vivente que não morre.
CREIO, Ó SENHOR, CREIO!
Com os humildes que querem renascer, Senhor, te suplicamos:
AUMENTA, AUMENTA A NOSSA FÉ!
CREIO, Ó SENHOR, AUMENTA A NOSSA FÉ!

5. Caminhamos atentos ao chamado de cada novo Pentecostes.
Tu recrias a presença desse sopro,
És pra nós a Palavra do futuro.
CREIO, Ó SENHOR, CREIO!
Com a Igreja que anuncia o Evangelho, Senhor, nós te rogamos:
AUMENTA, AUMENTA A NOSSA FÉ!
CREIO, Ó SENHOR, AUMENTA A NOSSA FÉ!
6. Caminhamos, cada dia que nos dás, com os irmãos e as irmãs.
Tu nos guias nos caminhos desta terra,
És pra nós a esperança da chegada!
CREIO, Ó SENHOR, CREIO!
Com o mundo onde o Reino está entre nós, Senhor, nós te clamamos:
AUMENTA, AUMENTA A NOSSA FÉ!
CREIO, Ó SENHOR, AUMENTA A NOSSA FÉ!

Breve comentário

Conhecemos bem o quanto a música e o canto são importantes para a compreensão e o aprofundamento das ideias, e o quanto são úteis para a divulgação de campanhas e de projetos. Seguindo o convite do Santo Padre, “queremos celebrar este Ano de forma digna e fecunda” (PF, 8). Por isso, o Ano da Fé não poderia ficar sem seu hino. Dele esperamos que ajude a marcar este “tempo de particular reflexão e redescoberta da fé” (PF, 4).
Divulgado pelo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, o hino circulou rapidamente pela internet, inclusive em uma versão portuguesa. Os assessores das Comissões Episcopais Pastorais para a Liturgia e para a Doutrina da Fé prepararam esta versão brasileira. Depois de avaliada pelos presidentes dessas Comissões e pelo Secretário Geral da CNBB, tornamos pública, para que seja usada pela Igreja no Brasil durante este Ano da Fé.
A súplica do pai que apresentou seu filho para ser curado por Jesus – “Eu creio, mas aumentai a minha fé” (Mc 9,24) – é assumida por todos nós. Desse modo, o hino é um grande pedido pela renovação e pelo crescimento da fé. Há uma particularidade a ser notada: a primeira parte da súplica está no singular: “creio, ó Senhor”. E a segunda parte está no plural: “aumenta nossa fé”. Assim se destacam os vários aspectos da fé, que são aprofundados pelo Papa no número 10 da Porta Fidei: ao mesmo tempo ela é pessoal e eclesial, é um ato pessoal e tem conteúdo “objetivo”.
Outro elemento que se destaca pela repetição é a expressão “caminhamos”, que ocorre no início de cada estrofe. Na mesma Porta Fidei, Bento XVI nos recorda que, uma vez atravessado o limiar da porta, por meio do batismo, abre-se diante de nós um caminho que dura a vida toda e que se conclui com a passagem para a vida eterna (PF, 1). O povo brasileiro se identifica muito com as romarias, peregrinações, procissões e caminhadas. Elas são um símbolo da peregrinação espiritual que toda a nossa existência cristã: “não temos aqui cidade permanente, mas andamos à procura da que está para vir” (Hb 13,14). O modo como caminhamos é destacado de modo diferente a cada nova estrofe: cheios de esperança, frágeis e perdidos, cansados e sofridos, sob o peso da cruz, atentos ao chamado, com os irmãos e as irmãs. É um caminho feito em companhia, desafiador, é certo, mas dirigido pelas marcas dos passos de Nosso Senhor, como bem recorda a estrofe 4.
O caminhar da Igreja é marcado, portanto, pelos mistérios da vida de Cristo, reflexos do grande Mistério Pascal. Na sequência, nos são recordados: o Advento, o Natal, a Quaresma, a Páscoa, Pentecostes e o Reino definitivo. Do mistério do Filho de Deus feito homem é que a Igreja vive permanentemente. É a comunhão com Ele que orienta e anima toda a caminhada eclesial ao longo da história e, na grande comunhão dos santos, é também o que anima cada um dos fieis, pessoalmente.
Alguns títulos de Cristo são evocados, junto com os mistérios. Filho do Altíssimo, estrela da manhã, mão que cuida e que cura, o Vivente que não morre, Palavra, esperança da chegada. Desse modo o Mistério do Filho de Deus feito nosso irmão impregna toda a existência dos cristãos, na Igreja. Assim ele nos anima no caminho e nos conduz para a meta.
Esse caminhar é feito em companhia. Como companheiros são recordados, na sequência das estrofes: os Santos que “caminham entre nós”, Maria, “a primeira dos que creem”, os pobres que “esperam à porta”, os humildes que “querem renascer”, a Igreja que “anuncia o Evangelho”, o mundo, no qual se encontram sinais do Reino que “está entre nós”. Esta grande companhia de fé nos permite muitas e profundas reflexões: a comunhão dos santos, o significado da presença da Mãe de Jesus na vida da Igreja, os pobres, nos quais podemos servir ao próprio Cristo e pagar-lhe amor com amor, o espírito das bem-aventuranças expresso nos “humildes”. Como resume a última estrofe, trata-se da companhia de fé, de esperança e de amor que é a Igreja.
A consciência de que o hino expressa a súplica da Igreja que quer ser renovada na fé é expressa nos termos com os quais se conclui cada estrofe: pedimos, oramos, invocamos, suplicamos, rogamos, clamamos. A renovação eclesial e o impulso para a nova evangelização, objetivos principais do Ano da Fé (PF, 7-8), não serão alcançados simplesmente por nosso esforço. São dons da graça divina, que devemos suplicar com humildade e buscar com toda energia.
Valha-nos sempre a proteção da Virgem Maria, bem-aventurada porque acreditou (Lc 1,45).

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Leitura Orante: Dia Nacional de Ação de Graças



22 de novembro (quarta quinta-feira do mês de novembro)
(Ambiente: ornamentar com flores, tendo a Bíblia no centro e uma vela acesa)

Animador/a: Graça e Paz a todos nós, aqui reunidos, para com a Palavra,
fazermos orações de Ação de Graças.
Iniciamos, rezando juntos o Salmo 94:
(Pode ser rezado em dois coros ou com um solista e os demais repetem)

Salmo de introdução
- Venham, ó nações, ao Senhor cantar (bis)
- Ao Deus do universo, venham festejar (bis)
- Seu amor por nós, firme para sempre (bis)
- Sua fidelidade dura eternamente (bis)
- Toda a terra aclame, cante ao Senhor (bis)
- Sirva com alegria, venha com fervor (bis)
- Nossas mãos orantes para o céu subindo (bis)
- Cheguem como oferenda ao som deste hino (bis)
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito (bis)
- Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito (bis)

Anim.: Vamos ler o texto do Evangelho de Jesus Cristo escrito por São Mateus, e
seguir o método da Leitura Orante. Aclamemos com nosso canto a Palavra antes de ouvi-la.

Canto
A Palavra está perto de ti, em tua boca, em teu coração (bis) (Rm 10,8)
CD Palavras Sagradas do Apóstolo Paulo - Paulinas/Comep

1. Leitura (Verdade)
Leitor 1
O que diz o texto do dia?
Mt 11,25-27:  Naquele tempo, Jesus disse: «Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. Meu Pai entregou tudo a mim. Ninguém conhece o Filho, a não ser o Pai, e ninguém conhece o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelar.

Anim.:
Os bispos, na reunião que fizeram em Aparecida, agradeceram a Deus por muitas coisas. Vamos lembrar o que eles disseram:
Leitor 2
Louvamos a Deus pela beleza da criação, que é obra de suas mãos.
Bendizemos a Deus por haver criado o ser humano, homem e mulher.
Louvamos a Deus pelos talentos, estudo e decisão de homens e mulheres para promover iniciativas e projetos geradores de vida.
Louvamos a Deus por aqueles que cultivam as ciências e a tecnologia
Louvamos a Deus pela verdade, o bem e a beleza.
Bendizemos ao Pai pelo dom de seu Filho Jesus Cristo, "rosto humano de Deus e rosto divino do homem".
Louvamos a Deus porque Ele continua derramando seu amor em nós pelo Espírito Santo e nos alimentando com a Eucaristia, pão da vida.
Louvamos a Deus pelo dom maravilhoso da vida e por aqueles que a honram e a dignificam ao colocá-la a serviço dos demais.
(DAp 106,116,120-123)



2. Meditação (Caminho)
Anim.:
O que o texto do Evangelho que lemos diz para mim? Para nós?
O texto nos fala da oração de louvor de Jesus o Pai. Pela nossa fé, vivemos bem unidos a Jesus e com Ele louvamos ao Pai.
Neste dia de Ação de Graças recordamos as 102 pessoas que viajaram no navio Mayflowers, no ano de 1620, deixando a Inglaterra devido a perseguições.
Esse grupo sofreu muito nos Estados Unidos, com as intempéries, a falta de experiência no cultivo da terra e tendo que construir suas casas de madeira, antes que o inverno chegasse.
Receberam ajuda dos índios americanos, que os ensinaram a cultivar a terra, a plantar e a caçar. No ano seguinte, quando chegou a época de colher os frutos, ficaram maravilhados com a fartura.
Após a colheita, se reuniram para comer e agradecer a Deus por aquela bênção e pela terra que haviam escolhido para sua pátria.
No ano de 1909, Joaquim Nabuco, embaixador do Brasil nos EUA assistiu ao dia de ação de graças e, impressionado, declarou: "quisera que toda a humanidade se unisse neste mesmo dia, para um universal agradecimento a Deus". O presidente Eurico Gaspar Dutra  instituiu o Dia Nacional de Ação de Graças, em 17/ de agosto de 1949. O presidente Castelo Branco regulamentou no ano de 1965, quando se oficializou a quinta-feira  da quarta semana do mês de novembro para a comemoração em todo território Nacional".
Foi assim que nasceu o Dia Nacional de Ação de Graças.
Vamos agora cantar a ação de graças por tudo, como nos ensinou São Paulo, o Apóstolo:

Canto: "Por tudo dai graças, por tudo dai graças,
dai graças por tudo, dai graças. (1 Ts 5,18).
CD Palavras Sagradas do Apóstolo Paulo - Paulinas/Comep

3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Uma oração que Jesus nos ensinou a rezar, começa com louvor. É o Pai Nosso.
Vamos rezá-la com Jesus, erguendo os braços,fazendo ao Pai o nosso louvor:
Pai nosso...

4.Contemplação (Vida e Missão)
Anim: Qual o nosso novo olhar a partir da Palavra? Sinto-me discípulo/a de Jesus.
Meu olhar deste dia será iluminado pelo olhar de Jesus Cristo, que se volta para o Pai e faz seu louvor.Um olhar de gratidão, de filhos e filhas.
Bênção
 Anim.: Agora vamos receber a bênção de Deus que nos vem da sua Palavra. Podemos nos inclinar.
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Canto (todos)
MEU SORRISO NÃO É MEU
Pe. Zezinho, scj
1.Meu sorriso não é só meu
Foi Deus quem me deu
Este sorriso não é só meu

O que eu tenho de bom
É pra dar aos meus irmãos

2.Meu brinquedo não é só meu
Foi Deus quem me deu
Este brinquedo que não é só meu

3.Meu alimento não é só meu
Foi Deus quem me deu
Este alimento que não é só meu

4.Meu dinheiro não é só meu
Foi Deus quem me deu
Este dinheiro que não é só meu.

 (Finalizando, pode-se fazer a partilha de um lanche, previamente preparado).
Irmã Patrícia Silva, fsp