“Cheios de esperança,
deixemos que parta
deixemos que parta
a pomba da paz,
com o anúncio,
com o anúncio,
de aparência absurda,
do surgimento
de um Mundo
mais respeitável,
do surgimento
de um Mundo
mais respeitável,
mais justo
e mais humano!”
+ D.Helder Câmara
+ D.Helder Câmara
Celebração para o Dia Mundial da Paz
(Esta celebração pode ser feita individualmente, mas, de preferência, em grupos, comunidades, na véspera do novo ano, nos locais de trabalho, nos ambientes de família, nas igrejas, comunidades, nos hospitais, prisões, asilos, e até em ambientes onde se encontram as pessoas para férias e descanso. Criar um ambiente com flores, mesa com toalha branca, a Bíblia, uma vela acesa. Na frente de todos, coloca-se um pequeno cartaz com o tema: “Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação”. Também se pode colocar um tecido branco simbolizando a bandeira da paz. A celebração é conduzida por um/a Presidente (P ) e conta com dois/duas Leitores (L1 e L2) e um/a Comentarista (C). Os cantos são conhecidos, mas podem ser copiados para que as pessoas acompanhem. Podem também ser acrescentados outros cantos com o mesmo tema: a paz).
P: Boas vindas a todos. Graça e Paz! No primeiro dia do Ano Novo de 2011, celebra-se o 43º Dia Mundial da Paz. Com expressão de votos de paz, aos homens e mulheres de boa vontade do mundo inteiro, o papa Bento 16, nos convida a refletir sobre o tema: Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação. Iniciamos nosso encontro, nos cumprimentando e cantando.
Canto: Quero te dar a paz
Quero te dar a paz do meu Senhor com muito amor!
Quero te dar a paz do meu Senhor com muito amor!
1.Na flor vejo manifestar o poder da criação,
Nos teus lábios eu vejo estar o sorriso de um irmão
Toda vez que te abraço e aperto a tua mão,
Sinto forte o poder do Amor dentro do meu coração!
2.Deus é Pai e nos protege, Cristo é o Filho e Salvação
Santo Espírito Consolador, na Trindade somos irmãos!
Toda vez que te abraço e aperto a tua mão
Sinto forte o poder do Amor dentro do meu coração!
Quero te dar a paz do meu Senhor com muito amor!
1.Na flor vejo manifestar o poder da criação,
Nos teus lábios eu vejo estar o sorriso de um irmão
Toda vez que te abraço e aperto a tua mão,
Sinto forte o poder do Amor dentro do meu coração!
2.Deus é Pai e nos protege, Cristo é o Filho e Salvação
Santo Espírito Consolador, na Trindade somos irmãos!
Toda vez que te abraço e aperto a tua mão
Sinto forte o poder do Amor dentro do meu coração!
P: Dia 1º de janeiro é o Dia Mundial da Paz. O que é a paz? Como a simbolizamos? Como a definimos?
L1: Simbolizamos a paz de tantas formas: pela cor branca, com nossos gestos, com atitudes de reconciliação. A pomba é um símbolo bíblico da paz.
L2: A paz está dentro e fora de nós. Nas relações sociais, e com a natureza.
C: Muitas pessoas falaram da paz. Recordemos algumas.
L1: Não existe um Caminho para a PAZ. A PAZ é o Caminho!, disse Gandhi.
L2: Não há paz sem justiça, não há justiça sem perdão.
Temos de aprender a viver todos em paz, como irmãos, ou morreremos todos como loucos.
...então eu pergunto: por que não dar uma chance para a paz? Frase de John Lennon.
Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou, não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize."(Jo 14,27).
P: Há vinte anos, ao dedicar a Mensagem do Dia Mundial da Paz ao tema Paz com Deus criador, paz com toda a criação, o papa João Paulo 2º chamava a atenção para a relação que nós, enquanto criaturas de Deus, temos com o universo que nos circunda. Dizia ele:
L1:«Observa-se nos nossos dias uma consciência crescente de que a paz mundial está ameaçada, também pela falta do respeito devido à natureza». Esta consciência ecológica «não deve ser reprimida, mas antes favorecida, de maneira que se desenvolva e vá amadurecendo até encontrar expressão adequada em programas e iniciativas concretas».
P: Antes de João Paulo 2º, outros papas se referiram à relação existente entre o homem e o ambiente.
L2: Em 1971, por ocasião do octogésimo aniversário da encíclica Rerum novarum de Leão 13, Paulo 6º disse que, «por motivo de uma exploração inconsiderada da natureza, a pessoa começa a correr o risco de a destruir e de vir a ser, também ela, vítima dessa degradação». E acrescentou que, deste modo, «não só o ambiente material se torna uma ameaça permanente – poluição e lixo, novas doenças, poder destruidor absoluto – mas é o próprio contexto humano que o homem não consegue dominar, criando assim para o dia de amanhã um ambiente global que se lhe poderá tornar insuportável. Problema social de grande envergadura, este, que diz respeito à toda a família humana».
P: Em 1990, João Paulo 2º falava de «crise ecológica» e, realçando o caráter ético de que a mesma se revestia, indicava «a urgente necessidade moral de uma nova solidariedade».
L1: Hoje, com o proliferar de manifestações duma crise que seria irresponsabilidade não considerar, este apelo aparece ainda mais forte. Pode-se porventura ficar indiferente perante as problemáticas que derivam de fenômenos como as alterações climáticas, a desertificação, o deterioramento e a perda de produtividade de vastas áreas agrícolas, a poluição dos rios e dos lençóis de água, a perda da biodiversidade, o aumento de calamidades naturais, o desflorestamento das áreas equatoriais e tropicais?
L2: Como descurar o fenômeno crescente dos chamados «migrantes ambientais», ou seja, pessoas que, por causa da degradação do ambiente onde vivem, se vêem obrigadas a abandoná-lo – deixando lá muitas vezes também os seus bens – tendo de enfrentar os perigos e as incógnitas de uma deslocação forçada? Com não reagir perante os conflitos, já em ato ou potenciais, relacionados com o acesso aos recursos naturais? Trata-se de um conjunto de questões que têm um impacto profundo no exercício dos direitos humanos, como, por exemplo, o direito à vida, à alimentação, à saúde, ao desenvolvimento, diz o papa, na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2011.
P: E Bento 16 nos ajuda a pensar também nas causas e nas questões relacionadas à crise ecológica.
C: Diz o papa que é preciso realizar uma revisão profunda do modelo de desenvolvimento e também refletir sobre o sentido da economia e dos seus objetivos. Diz que a crise cultural e moral do homem, há muito tempo se manifesta por toda a parte. Diz ainda que a humanidade tem necessidade de uma profunda renovação cultural; precisa de redescobrir aqueles valores que constituem o alicerce firme sobre o qual se pode construir um futuro melhor para todos. As situações de crise que está atravessando, de caráter econômico, alimentar, ambiental ou social, no fundo são também crises morais e estão todas interligadas. Impõe-se, de maneira particular, um modo de viver marcado pela sobriedade e solidariedade, com novas regras e formas de compromisso.
P: O mundo «não é fruto duma qualquer necessidade, dum destino cego ou do acaso, (…) procede da vontade livre de Deus, que quis fazer as criaturas participantes do seu Ser, da sua sabedoria e da sua bondade». Nas suas páginas iniciais, o livro do Gênesis introduz-nos no projeto sapiente do cosmos, fruto do pensamento de Deus, que, no vértice, colocou o homem e a mulher, criados à imagem e semelhança do Criador, para «encher e dominar a terra» como «administradores» em nome do próprio Deus (cf. Gn 1, 28). Assim, como administradores em nome de Deus, vamos, agora, pedir a paz para o mundo, para as instituições sociais e seus projetos de desenvolvimento.
Canto: Paz na terra
Pe. Zezinho, scj – CD Fazedores da Paz - COMEP
Paz na terra, paz no céu
Paz na ONU
Paz aqui no meu país
Paz aqui, paz no céu, paz em cada coração
Paz aqui, paz no céu, todo mundo é meu irmão
Glória ao pai criador, glória ao Filho Redentor
Glória a Deus, Deus de amor, santo e santificador
P: O papa Bento 16 fala de uma educação para a paz para todos. Fala de novo estilo de vida, de mudança. Ouçamos o que ele diz:
Paz na terra, paz no céu
Paz na ONU
Paz aqui no meu país
Paz aqui, paz no céu, paz em cada coração
Paz aqui, paz no céu, todo mundo é meu irmão
Glória ao pai criador, glória ao Filho Redentor
Glória a Deus, Deus de amor, santo e santificador
P: O papa Bento 16 fala de uma educação para a paz para todos. Fala de novo estilo de vida, de mudança. Ouçamos o que ele diz:
L2: O sentido da palavra paz é ausência de violência ou guerra. Mas, sobretudo, presença de amor e fruto da justiça. Torna-se indispensável uma real mudança de mentalidade que leve a todos a adotarem novos estilos de vida, «nos quais a busca do verdadeiro, do belo e do bom e a comunhão com as outras pessoas, em ordem ao crescimento comum, sejam os elementos que determinam as opções do consumo, da poupança e do investimento».
L1: Deve-se educar cada vez mais para se construir a paz a partir de opções em nível pessoal, familiar, comunitário e político. Todos somos responsáveis pela proteção e cuidado da criação.
P: Conscientes desta responsabilidade pela proteção e cuidado da criação, pensemos no que podemos fazer para cultivar a paz e preservar a criação.
(Momentos de silêncio e, se for possível, partilha: cada pessoa diz o que pensa sobre isto).
P: Vamos assumir estes compromissos em nível pessoal, familiar, comunitário e social, rezando o Pai Nosso. (pai nosso).Finalizamos este momento como parte de nossa confraternização, cantando a Oração de São Francisco.
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