Pe. Alfredo J. Gonçalves, CS
Introdução
Embora esteja colocado entre os profetas do Antigo Testamento, de acordo com os estudiosos do assunto, o Livro de Jonas não é exatamente uma profecia. Da mesma forma que o Livro de Rute, trata-se, em ambos os casos, de uma “história exemplar” com fins didáticos. Tanto um como o outro, aliás, datam do período pós-exílio, tempo de Esdras e Neemias, quando se tornou comum abordar determinado tema da Tora através de uma espécie de novela pedagógica. O livro segue o esquema de um roteiro narrativo com uma conclusão ética e teológica, procurando alertar para a necessidade de uma mudança de comportamento em relação a Deus e em relação à vivência religiosa.
No caso de Jonas, o tema que está em jogo é a infinita misericórdia de Deus. A história tem a finalidade de romper com o nacionalismo estreito do Povo de Israel, tentando mostrar que o amor de Deus ultrapassa todas as fronteiras. Além de combater uma mentalidade campestre, segundo a qual a cidade é o lugar do pecado e do mal, o livro busca a superação da xenofobia contra os estrangeiros e contra os pagãos, tão enraizada na população de Jerusalém. Como se pode notar, a pequena novela constitui um antídoto contra qualquer tipo de discriminação e de fundamentalismo religioso. Nem precisaria acrescentar que, no contexto do terrorismo e das guerras de religião que vão se multiplicando cada vez mais, o livro ganha uma força atual e evidente.
O roteiro da história subdivide-se em quatro partes: a) uma série de fugas por parte do profeta; b) uma parada para oração, reflexão, meditação; c) o anúncio e a conversão do povo de Nínive; d) a lição final de Javé. Tendo como pano de fundo, por um lado, o universo da mobilidade humana, com as mais distintas formas de migrações e deslocamentos de massa e, por outro, o crescente intercâmbio de pessoas, povos e culturas diferentes, tentaremos seguir a trajetória de Jonas através de uma leitura que é, ao mesmo tempo social, pastoral, psicológica e espiritual.
1. Processo de fuga
Chamado por Deus a anunciar as injustiças da grande cidade de Nínive, Jonas empreende uma série de fugas até perder-se no fundo do mar e no ventre de um grande peixe. Primeiramente, “na intenção de escapar da presença do Senhor” (1,1), ele procura embarcar para Társis. Jonas teme defrontar-se com a face de Javé, evita até conhecer a sua vontade que é sempre imprevista e imprevisível. Desconfia já que os caminhos de Deus não são os seus caminhos e por isso prefere evitar o encontro. De certa forma teme a fidelidade de um Deus que permanece atento ao rumo da história e, nela, costuma introduzir novidades escandalosas do ponto de vista da lógica humana. Em outras palavras, teme as surpresas do amor de Deus no caminho das pessoas e das nações.
Essa atitude o leva a recusar o chamado e envio de Javé e a deixar precipitadamente a cidade de Nínive. Um verdadeiro hebreu, povo tradicional da aliança com Javé, não pode admitir que Deus estenda sua mão misericordiosa à capital da Assíria, inimiga histórica da casa de Israel. Como pode o Senhor fechar os olhos aos pecados desses estranhos ninivitas? Por trás da atitude preconceituosa de Jonas mesclam-se dois sentimentos: a desconfiança do camponês para com a vida desregrada da cidade e a mentalidade justiceira e xenófoba do israelita para com os estrangeiros e pagãos.
O caminho da fuga é o porto de Jope, o navio é o meio de transporte. Do ponto de vista simbólico, tomar o navio representa a atitude de deixar a terra firme e familiar, para aventurar-se por mares desconhecidos, “nunca dantes navegados”, como diria o poeta português. Ou seja, mais vale enfrentar a travessia de um terreno incógnito e duvidoso, com seus riscos e perigos, do que a certeza de uma missão tão inédita e desconcertante. Como pode o amor de Deus chegar tão longe, a ponto de ignorar os males da potência inimiga? Jonas não está disposto a “perder tempo” com os pecadores de outra nação. Sua visão nacionalista se agarra ciosamente à predileção de Javé pelo povo de Israel. Limitado, não consegue enxergar além dos próprios muros. Mostra-se incapaz de abrir-se aos que estão do lado de fora. Em sua cabeça o “nós” e o “eles” devem manter limites nítidos e bem definidos. Espera assim que o navio e o mar o libertem dessa voz incômoda que o persegue com tanta insistência.
Mas então sobrevém a tempestade e o mar se agita violentamente, fazendo com que “o navio esteja a ponto de naufragar”. As ondas bravias simbolizam o conflito que se desencadeou no coração e na alma de Jonas. Ao recusar a missão a que foi chamado, ele se debate entre, de um lado, a voz de Deus que o chama e envia e, do outro, o preconceito que o domina. A fúria do mar reflete o tormento e a agitação na consciência do profeta, da mesma forma que o episódio da sarça ardente, no Livro do Êxodo, traduz a tensão entre o grito do povo e o medo do faraó no coração de Moisés. O grupo de marinheiros se aproxima de Jonas com o fim de resolver o impasse. Uma vez mais Jonas foge, primeiro refugiando-se em um “sono solto”, alheio a tudo e a todos; depois, recusando-se a resolver de forma adulta as turbulências criadas pela crise.
De um ponto de vista psicológico, há duas maneiras infantis de fugir a uma crise ou a um problema comunitário: ou jogando toda culpa sobre os outros, ou culpando unicamente a si mesmo. Jonas opta por esta última pedindo que o atirem ao mar, pois “foi por minha causa que vos veio tão forte temporal”. Atribui a si mesmo toda culpa, evitando assim um diálogo difícil, sem dúvida, mas aberto, transparente, maduro e mutuamente enriquecedor. Prefere o caminho mais fácil e mais curto, temendo a via lenta e longa do confronto e do debate. Termina por esconder-se no turbilhão de uma dupla tempestade, interna e externa, e sendo devorado pelo mar revolto.
Entretanto, a fuga não terminou aí. Até mesmo no seio das águas Jonas continua se sentindo pressionado, simultaneamente, pelo o chamado do Senhor que o envia a Nínive e por seu preconceito para com a nação estrangeira e pecadora. Como última tentativa de livrar-se dessa tensão, acaba sendo engolido por um grande peixe. Convém não esquecer que essa imagem, do herói no ventre de um peixe, é bastante recorrente na literatura antiga, contemporânea do escrito que estamos analisando. Simbolicamente, expressa o retorno ao ventre materno, numa tentativa de desaparecer por completo da face da terra. Jeremias é o profeta que explicita de forma mais contundente esse sentimento de auto-anulação: “Maldito seja o dia em que eu nasci. Que jamais seja bendito o dia em que minha mãe me deu à luz. Maldito o homem que levou a notícia a meu pai” (Jr 20,14-15). Diante da insistência de um Deus fiel à aliança que estabeleceu com seu povo, por uma parte, e das dificuldades encontradas no desempenho da missão, por outra, o mensageiro vê na morte o único alívio. Mais que isso, em seu desespero deseja regressar à posição fetal no ventre materno, isto é, deseja sequer ter nascido.
As quatro fugas – da face de Javé, da cidade de Nínive, do grupo de marinheiros e de si próprio – são na verdade um único processo de alienação em várias dimensões. Embora descritas em seqüência cronológica na novela, elas constituem um jogo entrelaçado de recusas simultâneas. Em outras palavras, recusar encontrar-se com Deus tem como conseqüência abandonar a tarefa do anúncio, evitar o confronto com a comunidade, e inclusive rejeitar o dom da vida. Uma pressupõe e segue a outra, numa espécie de círculo vicioso, em que fugir é fechar-se, ao mesmo tempo, a Deus, à missão, ao outro e a si mesmo. Trata-se de uma só recusa cujos desdobramentos irão repercutir na totalidade da existência e em seu intrincado campo de relações. A partir do momento que se rompe um dos fios que costura o projeto de vida, a negação irá atingir, destruindo-os, todos os laços que o compõem.
Enquanto o amor de Deus se revela aberto ao encontro com “o estrangeiro, o diferente, o outro”, Jonas prefere interceptar qualquer possibilidade de relacionamento. Nega-se terminantemente a todo tipo de intercâmbio. Nele, uma justiça impiedosa precede ou substitui a misericórdia. Por isso que, ao conhecer no íntimo de seu coração a vontade de Deus a respeito da nação estrangeira e inimiga, empreende um processo de fuga que o levará à anulação completa de si mesmo. Em síntese, romper a relação com Deus e com o outro é destruir a própria identidade missionária. Embora tido como profeta, Jonas caminha na contramão do projeto de Deus.
2. Uma pausa para a oração
Chegando ao limite de suas forças, impossibilitado de continuar a fuga, Jonas finalmente rende-se ao encontro com Deus. Podemos dizer que sua oração no ventre do peixe é uma verdadeira encruzilhada entre a fuga e o resgate (Jn 2,1-11). Neste sentido, o fundo do poço é o começo de uma nova subida. Não há mais para onde descer, não há mais para onde fugir. Jonas vence todas as reservas, volta atrás e aceita o reencontro com Deus. Estende a mão a Javé que jamais havia negado a sua.
Os termos de sua prece são extremamente pungentes. Palavras como “angústia, abismo, fossa” denotam a que ponto de desespero ele havia chegado. Jogado nas “profundezas, no coração do mar”, constata diante de Javé: “a torrente me envolveu, fui expulso para longe dos teus olhos. Passaram sobre mim as tuas ondas e vagas”. E reconhece: “eu estava cercado de água até o pescoço, o abismo me rodeava”. O clamor se transforma em grito e este em apelo: “quando minhas forças se acabavam, eu me lembrei de Javé, e minha oração pôde chegar a ti, no teu santo Templo”.
Começa então o processo de volta. Jonas, a bem dizer, percorre uma trajetória inversa à anterior. A fuga se detém e inicia-se o caminho do resgate. Da mesma forma que durante a primeira se falava de uma recusa em várias dimensões, também o segundo se compõe de um reencontro simultâneo consigo mesmo, com Deus e com a missão a que havia sido enviado. Ou seja, na medida em que Jonas, pela oração, se coloca nas mãos de Deus e Nele põe sua esperança, reconhece também os desvios de sua conduta, ao mesmo tempo que aceita o desafio da tarefa que lhe foi confiada, abrindo-se ainda à possibilidade de intercâmbio com o estranho. Voltar-se para Deus significa, ao mesmo tempo, descobrir suas potencialidades latentes e ocultas, bem como recriar novas relações com o outro. Em uma palavra, significa dar-se conta da própria identidade de missionário.
Nesta perspectiva, a oração representou para Jonas um ponto de chegada e um ponto de partida. A partir de uma situação limite e desesperadora, reflete e medita, na intimidade com Deus. Os passos dados até o momento são reinterpretados à luz da fé. Nasce uma nova atitude frente ao futuro. A oração não modificou os fatos e os problemas de sua existência, modificou isso sim sua atitude diante deles. Uma nova força se apodera do profeta. Ele agora poderá levantar-se e retomar o caminho. Um ardor renovado o anima: “mas eu, entre cânticos de louvor, é a ti que presto o meu culto e com a ação de graças cumpro os meus votos”. Após essa parada, está preparado para os novos passos que o esperam.
Aliás, quem nunca se dispõe a parar, dificilmente poderá dar novos passos. Ficará condenado a repetir-se ou a repetir os outros. Para caminhar criativamente é preciso saber parar. O mesmo se pode dizer do silêncio. Quem não é capaz de calar, jamais poderá dizer algo de forma criativa. Também neste caso, estará condenado a repetir-se ou a repetir os outros, como um verdadeiro papagaio. Só o silêncio pode gerar palavras novas. O silêncio é o útero da palavra.
3 Anúncio e conversão de Nínive
Por ironia do destino, o peixe vomita Jonas em terra firme, provavelmente no mesmo lugar de onde havia partido. E novamente a palavra de Javé é dirigida a ele, ordenando que vá pregar na grande cidade de Nínive, a qual “tinha o cumprimento de uma caminhada de três dias”. Ele põe-se a percorrer a cidade com um anúncio em que predomina o terror e a ameaça: “dentro de quarenta dias, Nínive será destruída”.
Tem-se a impressão de que a pregação de Jonas está permeada muito mais por sentimentos de uma mentalidade justiceira e vingativa, do que pelo esforço e provocar uma mudança sincera de comportamento. Persiste nele um claro estranhamento diante de uma nação estrangeira, pagã e pecadora. É como se não se sentisse totalmente à vontade, tendo prazer em decretar o fim trágico da cidade. Parece limitar-se a cumprir a vontade de Deus, mas sem grande entusiasmo de sua parte. Ele mesmo não acredita na possibilidade de conversão, ou melhor, não quer acreditar. Para ele, o pecado de Nínive supera a misericórdia de Javé. Continua fechado à graça de Deus, sem dar-se conta que ela se estende igualmente a todas as pessoas sem distinção.
Mas, para sua surpresa e desgosto, “os moradores de Nínive começaram a acreditar em Deus”. O próprio rei “se vestiu de pano de saco e sentou-se em cima de cinzas”, sinal evidente de penitência e conversão. E toda a cidade foi poupada. Jonas não pode admitir que os habitantes dessa imensa “babilônia do pecado” tenham transformado sua conduta, e menos ainda que Deus tenha se compadecido deles. Também no episódio do “filho pródigo” – ou do pai misericordioso – o irmão mais velho é incapaz de aceitar que o mais novo seja recebido em casa com festa, após uma vida de esbanjamento e dissipação desenfreada (Lc 15,11-32). Em ambos os casos, mesquinhez e preconceito se misturam no despeito para com a atitude do pai. O coração deste é muito mais amplo do que pode imaginar aquele que é incapaz de arriscar um passo livre.
Jonas se sente mais à vontade quando as fronteiras entre os “puros” e os “pecadores” estão bem delimitadas. Os de fora e os de dentro não podem se misturar, é preciso manter a distinção entre o povo de Israel – povo eleito – e os estrangeiros. Tanto nele como no filho mais velho da parábola, transparece uma atitude maniqueísta entre os bons e os maus, uma clara dicotomia entre os escolhidos e os pagãos. Não aceita que Deus dissolva as barreiras e estenda a salvação a todos os povos indistintamente. Sente-se mal porque Deus é bom e misericordioso para com todos. É como se preferisse um Deus privativo, exclusivo e excludente. Mas o amor de Deus é universal, rejeita tais divisões e limites estreitos.
No contexto de pluralismo religioso e cultural em que hoje vivemos, a atitude de Jonas seria desastrosa. De acordo com a recente Intrução Era Migrantes Caritas Christi, do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, “essa fluidez cultural torna ainda mais indispensável a ‘inculturação’”. Neste processo, como sublinha o documento, “não basta a tolerância, é necessário simpatia e respeito, naquilo que é possível, da identidade cultural dos interlocutores”. Daí sua insistência em palavras como “escuta, diálogo, compreensão”, as quais devem conduzir a uma “avaliação mais adequada dos valores e contravalores presentes em cada cultura”. O grande desafio é efetuar a passagem do multiculturalismo para o interculturalismo. Ou seja, mais do que uma convivência pacífica entre os diversos povos e respectivas expressões culturais, exige-se um intercâmbio recíproco que a todos possa enriquecer.
4. A lição final de Javé
A lição é simples: o cuidado e a sensibilidade de Javé, revelada desde a experiência do êxodo, não se restringe apenas aos da casa de Israel. O mesmo Deus que vê aflição, ouve o clamor, conhece o sofrimento e desce para libertar o povo da escravidão do Egito, permanece atento e solidário ao “órfão, a viúva e o estrangeiro”. Mesmo diante dos estrangeiros, trata-se de um Deus “compassivo e clemente, lento para a ira e cheio de amor”. Lição tão simples e direta que Jonas, mais uma vez, mostra todo seu egoísmo ficando irritado e aturdido. “Se é assim, Javé, tira a minha vida, pois eu acho melhor morrer do que ficar vivo”.
Jonas trabalhou duramente, percorreu toda a cidade pregando, gastou saliva e energias, agora quer resultados. Para ele, o melhor resultado e o único possível é o espetáculo da destruição de Nínive, a vingança de Javé abatendo-se com mão de ferro sobre os pecadores. Por isso, afastou-se e se colocou “no lado do nascer do sol”. Nesse ponto estratégico, “fez uma cabana e sentou-se na sombra, esperando para ver o que aconteceria com a cidade”. Mesmo depois de todo o processo de fuga e da parada para meditação, Jonas ainda ignora a profundidade e o alcance da misericórdia de Javé. Apesar de sua experiência pessoal, não superou a concepção de um deus mesquinho, localizado, caseiro, restrito ao território de Israel. Vemos aqui, ainda desta vez, os ingredientes de um fundamentalismo religioso e cultural cujas conseqüências nocivas a história não se cansa de revelar.
A imagem da mamoneira, que nasce, cresce e oferece sombra a um Jonas cansado, para secar logo em seguida, é utilizada para reforçar a última lição. Se o profeta lamenta a perda de uma simples planta, como não irá Deus lamentar e ter compaixão diante do povo arrependido! Aliás, é essa marca registrada da Boa Nova de Jesus Cristo, o qual, ao percorrer “todas as aldeias e cidades” e encontrar-se com “as multidões cansadas e abatidas, como ovelhas sem pastor”, sente compaixão (Mt 9,35-38). Sentimento tanto mais profundo quando se trata de um estrangeiro, como nos casos da samaritana e da sírio-fenícia.
Conclusão
Três lições transparecem nas linhas e entrelinhas do Livro de Jonas. Em primeiro lugar, a linha de reflexão de suas páginas insurge-se contra a mentalidade justiceira e nacionalista do “povo escolhido”. O amor de Deus rompe todas as fronteiras e abre-se a todas as nações, inclusive os inimigos de Israel. A universalidade desse amor contrasta vivamente com a visão preconceituosa do profeta.
Além disso, o espírito da “novela” combate o pecado mas procura preservar o pecador. Enquanto o profeta anuncia e espera o espetáculo do castigo, Deus estende aos pecadores o perdão. Jonas prevê fogo destruidor sobre a cidade, mas o arrependimento dos cidadãos conduz à conversão e à paz. Nota-se aqui um vislumbre da máxima de Jesus, segundo a qual a misericórdia precede o sacrifício e o julgamento.
Enfim, a exemplo de outros profetas, como Amós, o Livro de Jonas reflete a vida camponesa. Na mentalidade campestre, a cidade é vista como o lugar do mal e da corrupção. A grande Nínive, aliás, reúne uma maldição tríplice: pecadora, pagã e capital do império inimigo. Sua grandeza é mais simbólica que real: representa a enormidade de seu pecado. Entre outras coisas, como se vê, o livro traduz o conflito campo-cidade.
Para os dias de hoje, em que prevalece o contexto do pluralismo cultural e religioso, as três lições ganham grande relevância. A xenofobia diante do “outro”, a vingança como resposta a todo mal e os desafios do universo urbano estão às nossas portas e janelas. Em conclusão, uma leitura contextualizada do Livro de Jonas projeta algumas luzes sobre as perguntas atuais, especialmente no confronto quase diário com “os mil rostos do outro”.
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