Parábola da semente

"Saiu o semeador a semear..." (Mc 4,3)



sexta-feira, 6 de junho de 2014

Dicas para celebrar Pentecostes na Liturgia


A cor de Pentecostes é o vermelho
O espaço deve ser expressão da Páscoa do Senhor, destacando o círio Pascal, a mesa da Palavra, a mesa da eucaristia e a pia batismal.
Antes do início de celebração pode-se cantar um canto do Espírito Santo e 7 pessoas com velas acesas entram, representando os 7 dons. Preparar com antecedência um lugar para por as velas.

No ato penitencial pode ser feita a aspersão lembrando nosso batismo, utilizando um canto próprio para o momento.

Nesta solenidade a liturgia traz a sequência. A sequência é um hino que surgiu por volta do século IX. De forma lírica e expressiva, fala sobre determinado tema da devoção cristã. Este hino é cantado antes da aclamação ao Evangelho. Deve ser valorizado.

Na profissão de fé, pode-se renovar as promessas do batismo. Nas preces, lembrar todos os jovens que recebem o sacramento do crisma nesse dia.




No final da celebração, após a oração pós-comunhão, pode ser realizado o rito de apagar o Círio Pascal.  É importante que antes de iniciar o rito, o presidente da celebração ou o animador, oriente os celebrantes explicando porque o Círio Pascal é retirado da assembleia.

A comunidade poderá ser motivada assim:  na noite da Vigília Pascal, aclamamos Cristo nossa Luz e acendemos o Círio Pascal. A luz do Círio nos acompanhou nestes cinqüenta dias do Tempo Pascal.  No dia de Pentecostes, ao concluir o Tempo da Páscoa, o Círio será apagado. 

Este sinal nos é tirado para que, educados na escola pascal do mestre Ressuscitado, nos tornemos a “luz de Cristo” que se irradia, como uma coluna luminosa que passa no mundo, para iluminar os irmãos e irmãs e guiá-los no êxodo definitivo rumo ao céu.


sexta-feira, 30 de maio de 2014

Novena de Pentecostes

Canto de abertura

A nós descei, divina luz (bis)
Em nossas almas acendei o amor, o amor de Jesus.


Oração inicial
Vem, Espírito Santo, envia do alto do céu um raio da tua luz.
Vem, pai dos pobres, doador da divina graça, e luz dos corações.
És consolo e defensor, amável hóspede dos corações,
e alívio incomparável.
És descanso no trabalho, a brisa no calor ardente e consolo na aflição.
Ó ditosa luz divina, ilumina plenamente o coração dos teus fiéis.
Sem ti não pode haver jamais em homem algum, inocência nem bondade.
Vem livrar-nos do pecado, abrandar a nossa aridez e curar as nossas feridas.
Concede-nos que possamos superar a nossa obstinação,
vencer a nossa apatia, e nos guardar no bom caminho.
Aqueles que creem em ti e em ti confiam, concede os teus sete dons sagrados.
Como prêmio da virtude, dá-lhes a felicidade e a alegria eterna. Amém.

A Palavra de Deus
Quando chegou o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído como o agitar-se de um vendaval impetuoso, que encheu toda a casa onde se achavam. Apareceram-lhes, então, línguas comode fogo, que se repartiam e que pousaram sobre cada um deles. E todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que se exprimissem.
(At 2,1-4)


Invocação para cada dia
1º dia
Vinde Espírito Santo / e dai-nos o Dom da Sabedoria  /para que possamos avaliar todas as coisas à luz do Evangelho / e ler nos acontecimentos da vida os projetos de amor do Pai.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre.  Amém.

2º dia
Vinde Espírito Santo / Dai-nos o Entendimento / uma compreensão mais profunda da verdade / a fim de anunciar a salvação com maior firmeza e convicção.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre.  Amém.

3º dia
Vinde Espírito Santo / Dai-nos o Dom do Conselho / que ilumina a nossa vida / e orientai a nossa ação segundo vossa Divina Providência.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre.  Amém.

4º dia
Vinde Espírito Santo /  Dai-nos o Dom da Fortaleza / e sustentai-nos no meio de tantas dificuldades / com vossa coragem para que possamos anunciar o Evangelho. /
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre.  Amém.

5º dia
Vinde Espírito Santo /   Dai-nos  o Dom da Ciência / para distinguir o Único necessário /  das coisas meramente importantes. /
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre.  Amém.

6º dia
Vinde Espírito Santo / dai-nos Piedade / para reanimar sempre mais nossa íntima comunhão convosco.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre.  Amém.

7º dia
Vinde Espírito Santo / e dai-nos vosso santo Temor / para que, conscientes de nossas fragilidades, / reconhecermos a força da vossa graça.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre.  Amém.

8º dia
Vinde Espírito Santo / e dai-nos um novo coração. Amém. 
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre.  Amém.

9º dia
Vinde, Espírito Santo, santificai também o nosso espírito,/ renovando todo o nosso ser, /
mente, vontade, coração. Capacitai-nos a viver e comunicar a  Palavra, /Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre.  Amém.

Ave Maria, Pai Nosso, Glória ao Pai...

Bênção
O Senhor esteja ao nosso lado para nos defender,
dentro de nós para nos proteger,
diante de nós para nos conduzir e
acima de nós para nos abençoar.
Que esta proteção maravilhosa de Deus,
nos liberte e nos defenda de todo o mal e nos dê alegria.
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

Canto final
Vem,vem,vem, vem Espírito Santo de amor,
vem a nós, traz à igreja um novo vigor (bis)

Ir. Patrícia Silva, fsp

Domingo da Ascensão e da comunicação

Domingo, dia 1º de junho, domingo da Ascensão, celebra-se o 48º Dia Mundial das Comunicações.
Neste ano o tema é:
  "Comunicação a serviço de uma autêntica cultura do encontro"
E, esta é a mensagem do papa Francisco para o dia que poderá ser lida e conversar sobre ela com os catequizandos, rezando pela comunicação.

Queridos irmãos e irmãs,
Hoje vivemos num mundo que se torna cada vez menor, parecendo, por isso mesmo, que deveria ser mais fácil fazer-se próximo uns dos outros. Os progressos dos transportes e das tecnologias de comunicação deixam-nos mais próximos, interligando-nos sempre mais, e a globalização faz-nos mais interdependentes. Todavia, dentro da humanidade, permanecem divisões, e às vezes muito acentuadas.

Em nível global, vemos a distância escandalosa que existe entre o luxo dos mais ricos e a miséria dos mais pobres. Frequentemente, basta passar pelas ruas duma cidade para ver o contraste entre os que vivem nas calçadas e as luzes brilhantes das lojas. Estamos já tão habituados a tudo isso que nem nos impressiona. O mundo sofre de múltiplas formas de exclusão, marginalização e pobreza, como também de conflitos para os quais convergem causas econômicas, políticas, ideológicas e até mesmo, infelizmente, religiosas.

Neste mundo, os meios de massa podem ajudar a sentir-nos mais próximo uns dos outros; a fazer-nos perceber um renovado sentido de unidade da família humana, que impele à solidariedade e a um compromisso sério para uma vida mais digna. Uma boa comunicação ajuda-nos a estar mais perto e a conhecer-nos melhor entre nós, a ser mais unidos. Os muros que nos dividem só podem ser superados, se estivermos prontos a ouvir e a aprender uns dos outros. Precisamos  harmonizar as diferenças por meio de formas de diálogo, que nos permitam crescer na compreensão e no respeito. A cultura do encontro requer que estejamos dispostos não só a dar, mas também a receber de outros. Os meios de comunicação podem ajudar-nos nisso, especialmente nos nossos dias em que as redes da comunicação humana atingiram progressos sem precedentes. Particularmente a internet pode oferecer maiores possibilidades de encontro e de solidariedade entre todos; e isto é uma coisa boa, é um dom de Deus.
No entanto, existem aspectos problemáticos: a velocidade da informação supera a nossa capacidade de reflexão e discernimento, e não permite uma expressão equilibrada e correta de si mesmo. A variedade das opiniões expressas pode ser sentida como riqueza, mas é possível também fechar-se numa esfera de informações que correspondem apenas às nossas expectativas e às nossas ideias, ou mesmo a determinados interesses políticos e econômicos. O ambiente de comunicação pode ajudar-nos a crescer ou, pelo contrário, desorientar-nos. O desejo de conexão digital pode acabar por nos isolar do nosso próximo, de quem está mais perto de nós. Sem esquecer que a pessoa que, pelas mais diversas razões, não tem acesso aos meios de comunicação social, corre o risco de ser excluído.

Estes limites são reais, mas não justificam uma rejeição dos meios de comunicação; antes, recordam-nos que, em última análise, a comunicação é uma conquista mais humana que tecnológica. Portanto haverá alguma coisa, no ambiente digital, que nos ajuda a crescer em humanidade e na compreensão recíproca? Devemos, por exemplo, recuperar um certo sentido de pausa e calma. Isto requer tempo e capacidade de  fazer silêncio para escutar. Temos necessidade também de ser pacientes, se quisermos compreender aqueles que são diferentes de nós: uma pessoa expressa-se plenamente a si mesma, não quando é simplesmente tolerada, mas quando sabe que é verdadeiramente acolhida. Se estamos verdadeiramente desejosos de escutar os outros, então aprenderemos a ver o mundo com olhos diferentes e a apreciar a experiência humana tal como se manifesta nas várias culturas e tradições. Entretanto saberemos apreciar melhor também os grandes valores inspirados pelo Cristianismo, como, por exemplo, a visão do ser humano como pessoa, o matrimônio e a família, a distinção entre esfera religiosa e esfera política, os princípios de solidariedade e subsidiariedade, entre outros.

Então, como pode a comunicação estar ao serviço de uma autêntica cultura do encontro? E – para nós, discípulos do Senhor – que significa, segundo o Evangelho, encontrar uma pessoa? Como é possível, apesar de todas as nossas limitações e pecados, ser verdadeiramente próximo aos outros? Estas perguntas resumem-se naquela que, um dia, um escriba – isto é, um comunicador – pôs a Jesus: «E quem é o meu próximo?» (Lc 10, 29 ). Esta pergunta ajuda-nos a compreender a comunicação em termos de proximidade. Poderíamos traduzi-la assim: Como se manifesta a «proximidade» no uso dos meios de
comunicação e no novo ambiente criado pelas tecnologias digitais? Encontro resposta na parábola do bom samaritano, que é também uma parábola do comunicador. Na realidade, quem comunica faz-se próximo. E o bom samaritano não só se faz próximo, mas cuida do homem que encontra quase morto ao lado da estrada. Jesus inverte a perspectiva: não se trata de reconhecer o outro como um meu semelhante, mas da minha capacidade para me fazer semelhante ao outro. Por isso, comunicar significa tomar consciência de que somos humanos, filhos de Deus. Apraz-me definir este poder da comunicação como «proximidade».


Quando a comunicação tem como fim predominante induzir ao consumo ou à manipulação das pessoas, encontramo-nos perante uma agressão violenta como a que sofreu o homem espancado pelos assaltantes e abandonado na estrada, como lemos na parábola. Naquele homem, o levita e o sacerdote não veem um seu próximo, mas um estranho de quem era melhor manter a distância. Naquele tempo, eram condicionados pelas regras da pureza ritual. Hoje, corremos o risco de que alguns mass-media nos condicionem até ao ponto de fazer-nos ignorar o nosso próximo real.

Não basta circular pelas «estradas» digitais, isto é, simplesmente estar conectados: é necessário que a conexão seja acompanhada pelo encontro verdadeiro. Não podemos viver sozinhos, fechados em nós mesmos. Precisamos de amar e ser amados. Precisamos de ternura. Não são as estratégias comunicativas que garantem a beleza, a bondade e a verdade da comunicação. O próprio mundo dos meios de comunicação não pode alienar-se da solicitude pela humanidade, chamado como é a exprimir ternura. A rede digital pode ser um lugar rico de humanidade: não uma rede de fios, mas de pessoas humanas. A neutralidade dos mass-media é só aparente: só pode constituir um ponto de referência quem comunica colocando-se a si mesmo em jogo. O envolvimento pessoal é a própria raiz da confiabilidade dum comunicador. É por isso mesmo que o testemunho cristão pode, graças à rede, alcançar as periferias existenciais.

Tenho-o repetido já diversas vezes: entre uma Igreja acidentada que sai pela estrada e uma Igreja doente de auto-referencialidade, não hesito em preferir a primeira. E quando falo de estrada penso nas estradas do mundo onde as pessoas vivem: é lá que as podemos, efetiva e afetivamente, alcançar.
Entre estas estradas estão também as digitais, congestionadas de humanidade, muitas vezes ferida: homens e mulheres que procuram uma salvação ou uma esperança. Também graças à rede, pode a mensagem cristã viajar «até aos confins do mundo» (At 1, 8).

Abrir as portas das igrejas significa também abri-las no ambiente digital, seja para que as pessoas entrem, independentemente da condição de vida em que se encontrem, seja para que o Evangelho possa cruzar o limiar do templo e sair ao encontro de todos. Somos chamados a testemunhar uma Igreja que seja casa de todos. Seremos nós capazes de comunicar o rosto duma Igreja assim? A comunicação concorre para dar forma à vocação missionária de toda a Igreja, e as redes sociais são, hoje, um dos lugares onde viver esta vocação de redescobrir a beleza da fé, a beleza do encontro com Cristo. Inclusive no contexto da comunicação, é precisa uma Igreja que consiga levar calor, inflamar o coração.

O testemunho cristão não se faz com o bombardeio de mensagens religiosas, mas com a vontade de se doar aos outros "através da disponibilidade para se deixar envolver, pacientemente e com respeito, nas suas questões e nas suas dúvidas, no caminho de busca da verdade e do sentido da existência humana" (Bento XVI, Mensagem para o XLVII Dia Mundial das Comunicações Sociais, 2013). Pensemos no episódio dos discípulos de Emaús. É preciso saber-se inserir no diálogo com os homens e mulheres de hoje, para compreender os seus anseios, dúvidas, esperanças, e oferecer-lhes o Evangelho, isto é, Jesus Cristo, Deus feito homem, que morreu e ressuscitou para nos libertar do pecado e da morte. O desafio requer profundidade, atenção à vida, sensibilidade espiritual. Dialogar significa estar convencido de que o outro tem algo de bom para dizer, dar espaço ao seu ponto de vista, às suas propostas. Dialogar não significa renunciar às próprias ideias e tradições, mas à pretensão de que sejam únicas e absolutas.

Possa servir-nos de guia o ícone do bom samaritano, que liga as feridas do homem espancado, deitando nelas azeite e vinho. A nossa comunicação seja azeite perfumado pela dor e vinho bom pela alegria.
A nossa luminosidade não derive de truques ou efeitos especiais, mas de nos fazermos próximo, com amor, com ternura, de quem encontramos ferido pelo caminho. Não tenhais medo de vos fazerdes cidadãos do ambiente digital. É importante a atenção e a presença da Igreja no mundo da comunicação, para dialogar com o homem de hoje e levá-lo ao encontro com Cristo: uma Igreja companheira de estrada sabe pôr-se a caminho com todos. Neste contexto, a revolução nos meios de comunicação e de informação são um grande e apaixonante desafio que requer energias frescas e uma imaginação nova para transmitir aos outros a beleza de Deus.

FRANCISCUS
Vaticano, 24 de Janeiro – Memória de São Francisco de Sales – do ano 2014.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Papas são canonizados


Serão canonizados, no dia 27 de abril, os papas João XXIII e João Paulo II.

São João XXIII

Angelo Giuseppe Roncalli nasceu na Itália, em 25 de novembro de 1881. Foi eleito Papa em 28 de outubro de 1958, escolhendo o nome de João XXIII. Faleceu em 3 de junho de 1963. Por muitos, foi considerado um Papa de transição, depois do longo pontificado de Pio XIII. Foi o responsável pela convocação do Concílio Vaticano II. No curto tempo de papado, João XXIII escreveu oito encíclicas, sendo as principais a Mater et Magistra (Mãe e Mestra) e a Pacem in Terris (Paz na Terra).
Foi declarado beato pelo Papa João Paulo II, em 3 de setembro de 2000. É considerado o patrono dos delegados pontifícios.

São João Paulo II

Karol Józef Wotjtyla nasceu na Polônia, em 18 de maio de 1920. Foi eleito Papa em 16 de outubro de 1978, escolhendo o nome de João Paulo II, e teve o terceiro maior pontificado da história da Igreja Católica. Faleceu, em Roma, em 2 de abril de 2005.
Durante o Pontificado, visitou 129 países, em viagens apostólicas. Sabia se expressar em italiano, francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, servo-croata, esperanto, grego clássico e latim, além do polaco. João Paulo II beatificou 1.340 pessoas e canonizou 483 santos.
Foi proclamado beato, pelo Papa Bento XVI, em primeiro de maio de 2011.

Etapas da canonização

O pedido de canonização do Papa João Paulo II, logo após a morte do Santo Padre, é um marco na história da Igreja Católica, sendo o mais rápido até hoje.

Para se tornar Santo a partir dos olhos do Vaticano, é preciso seguir algumas etapas: colocar o processo fora da diocese do candidato a Santo, depois disso, toda a informação é enviado ao Vaticano, onde é revisada pela congregação para as causas dos Santos.

Após ser declarado servo de Deus, é preciso analisar se o candidato manifestou as virtudes heroicas que refletem o evangelho. Se assim for, a pessoa é reconhecida como venerável. O próximo passo é declarar beato, assim, um milagre ter que ser atribuído ao candidato. Por fim, é preciso provar um segundo milagre aconteceu após a cerimônia de beatificação, se isso for provado, aí sim o candidato pode ser declarado Santo.

Quantas pessoas estarão na canonização?

Praticamente impossível quantificar os peregrinos que virão a Roma para a canonização de João XXIII e João Paulo II, no próximo dia 27, último domingo de abril.
As autoridades da cidade falam de milhões. No Vaticano, opta-se pela prudência: “muitíssima gente”, é a única certeza, pelo que não serão distribuídos convites para os lugares a ocupar na praça de São Pedro. Nesta segunda-feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé, os organizadores fizeram para os jornalistas o ponto da situação.

A missa de canonização terá início às 10 horas (5h em Brasília), presidida pelo Papa Francisco e concelebrada por elevado número de cardeais e centenas de bispos.

Cinco mil os padres que terão lugar assegurado.

Dá-se como certo que será convidado o Papa emérito, mas falta saber se participará.

Programação

No domingo de tarde, os peregrinos poderão venerar os dois novos santos, desfilando em oração junto dos túmulos situados sob dois altares da basílica de São Pedro.

Inúmeras as iniciativas de oração organizadas para os peregrinos das diversas proveniências. Onze igrejas do centro da cidade ficarão abertas na noite de sábado para domingo, a partir das 21 horas, com confessores disponíveis para atender os penitentes em diferentes línguas.

Aos de língua portuguesa está reservada a igreja de Santa Anastácia (junto ao Circo Máximo, por detrás do Foro Romano e da colina do Palatino). O Secretariado de Liturgia da diocese preparou o esquema de uma vigília com textos bíblicos e extratos de intervenções dos dois Papas.

Em cada uma das igrejas, a animação litúrgica será naturalmente assegurada por pessoas da língua ali usada. Para todas as informações úteis, atualizadas em tempo real, consultar o site oficial em cinco línguas: italiano, inglês, francês, espanhol e polaco.

Haverá também um aplicativo intitulado “santo subito”, que se poderá descarregar gratuitamente, em formato Android ou IOS (italiano, inglês, espanhol e polaco), contendo informações sobre a vida e ensinamentos dos dois novos santos, mas também com acesso a todas as notícias sobre a canonização e o material previsto para os diferentes momentos litúrgicos.


Transmissões

Como outros grandes momentos vividos em Roma nos últimos 50 anos (desde o Concílio Vaticano II, passando pelas eleições papais e pelas exéquias, nomeadamente as de João Paulo II, em 2005), também esta circunstância constituirá mais um passo em frente ao nível da comunicação mundial, pela amplidão da difusão e pelas condições de crescente qualidade do som e da imagem.

O Centro Televisivo do Vaticano (com o som da RV), em colaboração com Sky e Sony, assegurará a visão do acontecimento em alta definição (HD) e em 3D. Assim, instaladas em casa ou reunidas em 500 cinemas de uns 20 países (120 só em Itália), graças à utilização de Nexco Digital, milhões de pessoas poderão seguir a celebração em condições que assegurarão uma especial sensação de presença na praça de São Pedro.

As filmagens serão efetuadas em 4K, com o mais moderno material disponível (DBW Communication), que permitirá arquivar imagens de extrema nitidez. Para a transmissão em mundovisão das cinco horas de reportagem previstas, a Eutelsat Itália utilizar 9 satélites, com uma cobertura completa de todo o globo.

A diocese natal de João XXIII decidiu assinalar a canonização do “Papa Bom” com o que designa como “um monumento à caridade”, desprendendo-se de alguns bens para os partilhar com comunidades eclesiais mais carentes. 800 mil euros serão destinados à manutenção de uma escola que a diocese construiu há tempos no Haiti.

Com data marcada para o dia 27 (domingo), a cerimônia será presidida por Papa Francisco, na Praça São Pedro. A celebração será às 10h da manhã, no Vaticano e será transmitida as 5h da manhã (horário local de Brasília).

A Canonização dos Papas será transmitida pela TV Aparecida, pela Rede Vida, Canção Nova e Rede Século XXI.


No dia seguinte, segunda-feira (28), às 10h será celebrada uma Missa de Ação de graças presidida pelo Cardeal Ângelo Comastri, Vigário do Papa Francisco, na Cidade do Vaticano.