Parábola da semente

"Saiu o semeador a semear..." (Mc 4,3)



terça-feira, 1 de maio de 2012

Mensagem da CNBB aos trabalhadores e trabalhadoras


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, no ensejo das comemorações do Dia Mundial do Trabalho, neste 1º de Maio, dirige sua mensagem de solidariedade e apoio a todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. A celebração desta data nos sugere, antes de tudo, um agradecimento a Deus pelo ser humano que, com criatividade e sabedoria, constrói o mundo e vive do trabalho de suas mãos.
O trabalho não é um mero apêndice na vida humana, mas uma dimensão fundamental de sua existência na terra. Por meio dele, o homem e a mulher “participam na obra do próprio Deus, seu Criador” e se realizam como seres humanos. O próprio Jesus viveu a realidade do trabalho a ponto de ser identificado como “o Filho do Carpinteiro” (Mt 13,55).
A busca do desenvolvimento a todo custo, no entanto, colocando o capital e o lucro acima da pessoa humana, tem transformado o trabalho em peso e castigo para milhares de trabalhadores e trabalhadoras no país. Isso contradiz a vocação humana ao trabalho e fere sua dignidade. Temos a missão resgatar a centralidade da pessoa humana para que o trabalho, “chave essencial de toda a questão social”, cumpra seu fim que é a realização do ser humano.
A Igreja, que “considera sua tarefa fazer com que sejam sempre tidos presentes a dignidade e os direitos dos homens do trabalho” (Laborem Exercens 1), se une, portanto, neste 1º de Maio, aos trabalhadores/as em suas justas reivindicações quais sejam a garantia de seus direitos e a defesa de sua dignidade.
Com eles denuncia as desigualdades sociais, que a distribuição de renda não consegue erradicar, o baixo salário, o desemprego e o subemprego, que condena inúmeras famílias a condições indignas de filhos e filhas de Deus. Repudia, igualmente, o trabalho escravo e infantil, chaga de nossa sociedade, bem como toda discriminação que possa existir no mundo do trabalho por idade, etnia, gênero.
Somos todos responsáveis pela construção da sociedade nova, justa e fraterna, sonhada por Deus para seus filhos e filhas. A garantia da justiça nas relações do trabalho é condição para atingirmos esse fim.
Que o carpinteiro São José, pai adotivo de Jesus, abençoe os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.
Brasília, 1º de Maio de 2012

Cardeal Raymundo Damasceno Assis - Arcebispo de Aparecida, Presidente da CNBB
Dom José Belisário da Silva - Arcebispo de São Luis do Maranhão, Vice-Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner - Bispo Auxiliar de Brasília, Secretário Geral da CNBB

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Mensagem do Papa Bento XVI para o 49º Dia Mundial de Oração pelas Vocações

As vocações, dom do amor de Deus


Amados irmãos e irmãs!
O 49º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que será celebrado no IV domingo de Páscoa – 29 de Abril de 2012 –, convida-nos a refletir sobre o tema «As vocações, dom do amor de Deus».
A fonte de todo o dom perfeito é Deus, e Deus é Amor – Deus caritas est –; «quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele» (1 Jo 4, 16). A Sagrada Escritura narra a história deste vínculo primordial de Deus com a humanidade, que antecede a própria criação. Ao escrever aos cristãos da cidade de Éfeso, São Paulo eleva um hino de gratidão e louvor ao Pai pela infinita benevolência com que predispõe, ao longo dos séculos, o cumprimento do seu desígnio universal de salvação, que é um desígnio de amor. No Filho Jesus, Ele «escolheu-nos – afirma o Apóstolo – antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em caridade na sua presença» (Ef 1, 4). Fomos amados por Deus, ainda «antes» de começarmos a existir! Movido exclusivamente pelo seu amor incondicional, «criou-nos do nada» (cf. 2 Mac 7, 28) para nos conduzir à plena comunhão consigo.
À vista da obra realizada por Deus na sua providência, o salmista exclama maravilhado: «Quando contemplo os céus, obra das vossas mãos, a Lua e as estrelas que Vós criastes, que é o homem para Vos lembrardes dele, o filho do homem para com ele Vos preocupardes?» (Sal 8, 4-5). Assim, a verdade profunda da nossa existência está contida neste mistério admirável: cada criatura, e particularmente cada pessoa humana, é fruto de um pensamento e de um ato de amor de Deus, amor imenso, fiel e eterno (cf. Jer 31, 3). É a descoberta deste fato que muda, verdadeira e profundamente, a nossa vida.
Numa conhecida página das Confissões, Santo Agostinho exprime, com grande intensidade, a sua descoberta de Deus, beleza suprema e supremo amor, um Deus que sempre estivera com ele e ao qual, finalmente, abria a mente e o coração para ser transformado: «Tarde Vos amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Vós estáveis dentro de mim, mas eu estava fora, e fora de mim Vos procurava; com o meu espírito deformado, precipitava-me sobre as coisas formosas que criastes. Estáveis comigo e eu não estava convosco. Retinha-me longe de Vós aquilo que não existiria, se não existisse em Vós. Chamastes-me, clamastes e rompestes a minha surdez. Brilhastes, resplandecestes e dissipastes a minha cegueira. Exalastes sobre mim o vosso perfume: aspirei-o profundamente, e agora suspiro por Vós. Saboreei-Vos e agora tenho fome e sede de Vós. Tocastes-me e agora desejo ardentemente a vossa paz» (Confissões, X, 27-38). O santo de Hipona procura, através destas imagens, descrever o mistério inefável do encontro com Deus, com o seu amor que transforma a existência inteira.
Trata-se de um amor sem reservas que nos precede, sustenta e chama ao longo do caminho da vida e que tem a sua raiz na gratuidade absoluta de Deus. O meu antecessor, o Beato João Paulo II, afirmava – referindo-se ao ministério sacerdotal – que cada «gesto ministerial, enquanto leva a amar e a servir a Igreja, impele a amadurecer cada vez mais no amor e no serviço a Jesus Cristo Cabeça, Pastor e Esposo da Igreja, um amor que se configura sempre como resposta ao amor prévio, livre e gratuito de Deus em Cristo» (Exort. ap. Pastores dabo vobis, 25). De fato, cada vocação específica nasce da iniciativa de Deus, é dom do amor de Deus! É Ele que realiza o «primeiro passo», e não o faz por uma particular bondade que teria vislumbrado em nós, mas em virtude da presença do seu próprio amor «derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo» (Rm 5, 5).
Em todo o tempo, na origem do chamamento divino está a iniciativa do amor infinito de Deus, que se manifesta plenamente em Jesus Cristo. «Com efeito – como escrevi na minha primeira Encíclica, Deus caritas est – existe uma múltipla visibilidade de Deus. Na história de amor que a Bíblia nos narra, Ele vem ao nosso encontro, procura conquistar-nos – até à Última Ceia, até ao Coração trespassado na cruz, até às aparições do Ressuscitado e às grandes obras pelas quais Ele, através da ação dos Apóstolos, guiou o caminho da Igreja nascente. Também na sucessiva história da Igreja, o Senhor não esteve ausente: incessantemente vem ao nosso encontro, através de pessoas nas quais Ele Se revela; através da sua Palavra, nos Sacramentos, especialmente na Eucaristia» (n.º 17).
O amor de Deus permanece para sempre; é fiel a si mesmo, à «promessa que jurou manter por mil gerações» (Sal 105, 8). Por isso é preciso anunciar de novo, especialmente às novas gerações, a beleza persuasiva deste amor divino, que precede e acompanha: este amor é a mola secreta, a causa que não falha, mesmo nas circunstâncias mais difíceis.
Amados irmãos e irmãs, é a este amor que devemos abrir a nossa vida; cada dia, Jesus Cristo chama-nos à perfeição do amor do Pai (cf. Mt 5, 48). Na realidade, a medida alta da vida cristã consiste em amar «como» Deus; trata-se de um amor que, no dom total de si, se manifesta fiel e fecundo. À prioresa do mosteiro de Segóvia, que fizera saber a São João da Cruz a pena que sentia pela dramática situação de suspensão em que ele então se encontrava, este santo responde convidando-a a agir como Deus: «A única coisa que deve pensar é que tudo é predisposto por Deus; e onde não há amor, semeie amor e recolherá amor» (Epistolário, 26).
Neste terreno de um coração em oblação, na abertura ao amor de Deus e como fruto deste amor, nascem e crescem todas as vocações. E é bebendo nesta fonte durante a oração, através duma familiaridade assídua com a Palavra e os Sacramentos, nomeadamente a Eucaristia, que é possível viver o amor ao próximo, em cujo rosto se aprende a vislumbrar o de Cristo Senhor (cf. Mt 25, 31-46). Para exprimir a ligação indivisível entre estes «dois amores» – o amor a Deus e o amor ao próximo – que brotam da mesma fonte divina e para ela se orientam, o Papa São Gregório Magno usa o exemplo da plantinha: «No terreno do nosso coração, [Deus] plantou primeiro a raiz do amor a Ele e depois, como ramagem, desenvolveu-se o amor fraterno» (Moralia in Job, VII, 24, 28: PL 75, 780D).
Estas duas expressões do único amor divino devem ser vividas, com particular vigor e pureza de coração, por aqueles que decidiram empreender um caminho de discernimento vocacional em ordem ao ministério sacerdotal e à vida consagrada; aquelas constituem o seu elemento qualificante. De fato, o amor a Deus, do qual os presbíteros e os religiosos se tornam imagens visíveis – embora sempre imperfeitas –, é a causa da resposta à vocação de especial consagração ao Senhor através da ordenação presbiteral ou da profissão dos conselhos evangélicos. O vigor da resposta de São Pedro ao divino Mestre – «Tu sabes que Te amo» (Jo 21, 15) – é o segredo duma existência doada e vivida em plenitude e, por isso, repleta de profunda alegria.
A outra expressão concreta do amor – o amor ao próximo, sobretudo às pessoas mais necessitadas e atribuladas – é o impulso decisivo que faz do sacerdote e da pessoa consagrada um gerador de comunhão entre as pessoas e um semeador de esperança. A relação dos consagrados, especialmente do sacerdote, com a comunidade cristã é vital e torna-se parte fundamental também do seu horizonte afetivo. A este propósito, o Santo Cura d’Ars gostava de repetir: «O padre não é padre para si mesmo; é-o para vós» [Le curé d’Ars. Sa pensée – Son cœur ( ed. Foi Vivante - 1966), p. 100].
Venerados Irmãos no episcopado, amados presbíteros, diáconos, consagrados e consagradas, catequistas, agentes pastorais e todos vós que estais empenhados no campo da educação das novas gerações, exorto-vos, com viva solicitude, a uma escuta atenta de quantos, no âmbito das comunidades paroquiais, associações e movimentos, sentem manifestar-se os sinais duma vocação para o sacerdócio ou para uma especial consagração.É importante que se criem, na Igreja, as condições favoráveis para poderem desabrochar muitos «sins», respostas generosas ao amoroso chamamento de Deus.
É tarefa da pastoral vocacional oferecer os pontos de orientação para um percurso frutuoso. Elemento central há de ser o amor à Palavra de Deus, cultivando uma familiaridade crescente com a Sagrada Escritura e uma oração pessoal e comunitária devota e constante, para ser capaz de escutar o chamamento divino no meio de tantas vozes que inundam a vida diária. Mas o «centro vital» de todo o caminho vocacional seja, sobretudo, a Eucaristia: é aqui no sacrifício de Cristo, expressão perfeita de amor, que o amor de Deus nos toca; e é aqui que aprendemos incessantemente a viver a «medida alta» do amor de Deus. Palavra, oração e Eucaristia constituem o tesouro precioso para se compreender a beleza duma vida totalmente gasta pelo Reino.
Desejo que as Igrejas locais, nas suas várias componentes, se tornem «lugar» de vigilante discernimento e de verificação vocacional profunda, oferecendo aos jovens e às jovens um acompanhamento espiritual sábio e vigoroso. Deste modo, a própria comunidade cristã torna-se manifestação do amor de Deus, que guarda em si mesma cada vocação. Tal dinâmica, que corresponde às exigências do mandamento novo de Jesus, pode encontrar uma expressiva e singular realização nas famílias cristãs, cujo amor é expressão do amor de Cristo, que Se entregou a Si mesmo pela sua Igreja (cf. Ef 5, 25).
Nas famílias, «comunidades de vida e de amor» (Gaudium et spes, 48), as novas gerações podem fazer uma experiência maravilhosa do amor de oblação. De fato, as famílias são não apenas o lugar privilegiado da formação humana e cristã, mas podem constituir também «o primeiro e o melhor seminário da vocação à vida consagrada pelo Reino de Deus» (Exort. ap. Familiaris consortio, 53), fazendo descobrir, mesmo no âmbito da família, a beleza e a importância do sacerdócio e da vida consagrada. Que os Pastores e todos os fiéis leigos colaborem entre si para que, na Igreja, se multipliquem estas «casas e escolas de comunhão» a exemplo da Sagrada Família de Nazaré, reflexo harmonioso na terra da vida da Santíssima Trindade.
Com estes votos, concedo de todo o coração a Bênção Apostólica a vós, veneráveis Irmãos no episcopado, aos sacerdotes, aos diáconos, aos religiosos, às religiosas e a todos os fiéis leigos, especialmente aos jovens e às jovens que, de coração dócil, se põem à escuta da voz de Deus, prontos a acolhê-la com uma adesão generosa e fiel.
Vaticano, 18 de Outubro de 2011

terça-feira, 10 de abril de 2012

Alegram-se! Cristo ressuscitou!

Dom de Cristo
ressuscitado no sepulcro,
ressuscitado na alma,
ressuscitado na humanidade
é a Alegria!
Bv. Alberione

sexta-feira, 23 de março de 2012

Via-sacra para rezar

Via-Sacra quer dizer caminho sagrado. É o caminho sagrado seguido por Jesus. Na sua origem, Via Crúcis (em latim, "caminho da cruz") é o trajeto seguido por Jesus Cristo, carregando a cruz que vai do Pretório, onde foi julgado, até o Calvário, onde foi crucificado e morreu.
O exercício da Via-Sacra consiste em percorrer em meditação e oração a caminhada de Jesus.
Este exercício, no tempo da Quaresma, teve origem na época das Cruzadas (séc. XI).
O número de estações ou passos dessa caminhada foi sendo definido até a forma atual, de quatorze estações. A maioria delas tem referência nos Evangelhos, textos que podem ser lidos. Pode se acrescentar a 15ª Estação, ou seja, a Ressurreição de Jesus.
Pode se fazer  seguindo um caminho ilustrado pelas imagens ou desenhos de cada Estação, que é comum nas igrejas. Ou, em slides, como apresentamos aqui. A cada Estação, depois de nomeada, pode ser lido o texto bíblico indicado, fazem-se uns instantes de silêncio e depois de colocar algumas intenções espontâneas, rezam-se o Pai Nosso, a Ave Maria e a invocação:
 Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós. 
Pode-se também cantar um refrão no final de cada Estação, como:
-"Eu me entrego, Senhor em tuas mãos, e espero pela tua salvação".
- "Ele me amou e se entregou por mim" (CD Palavras Sagradas do Apóstolo Paulo).
- "Quem nos separará, quem vai nos separar do amor de Cristo, quem nos separará?
Se ele é por nós, quem será, quem será contra nós,
quem vai nos separar do amor de Cristo, quem será?"
- Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado,
compreender que ser compreendido, amar que ser amado,
pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado e
é morrendo que se vive para a vida eterna!

Oração da Via-Sacra
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém
Jesus Divino Mestre, queremos ser atraídos por vós,
para que, caminhando nas vossas pegadas,
possamos viver cada dia a liberdade dos filhos de Deus,
renunciando a nós mesmos, para buscar em tudo a vontade do Pai.
Amém. (BV. Tiago Alberione)

1ª. Estação -  Jesus é condenado à morte por Pilatos (Mt 27,26)

2ª Estação - Jesus carrega a sua Cruz (Mt 27,31)

3ª. Estação -  Jesus cai pela primeira vez

4ª.Estação - Jesus encontra a sua Mãe

5ª. Estação -  Simão ajuda Jesus a carregar a Cruz (Mt27,32)

6ª. Estação -  Verônica enxuga o rosto de Jesus

7ª. Estação -  Jesus cai pela segunda vez sob o peso da Cruz

8ª. Estação -  Jesus  encontra e fala às mulheres de Jerusalém (Lc 23,27)

9ª. Estação -  Jesus cai pela terceira vez sob o peso da Cruz

10ª. Estação - Jesus é despojado de suas vestes (Mt 27,35)

11ª. Estação -  Jesus é pregado na Cruz

12ª Estação -  Jesus morre na Cruz (Mt 27,50)

13ª Estação -  Jesus é descido da Cruz (Mt 27,59)

14ª. Estação -  Jesus é sepultado (Mt27,60)

15ª. Estação -  Jesus ressuscitou (Mt 28,5).

Oração final:
Vivei em nós, Jesus, pelo vosso Espírito,
para que vos amemos com todo o nosso ser
e amemos o próximo como a nós mesmos, no vosso amor.
Amém.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Canto: Vitória, tu reinarás, ó cruz tu nos salvarás! (Ou outro conhecido)


quarta-feira, 7 de março de 2012

Creio da mulher

Creio em Deus Pai-Mãe que criou a mulher e o homem à sua imagem
e os criou para serem parceiros da criação.

Creio em Jesus, Filho do Pai, nascido de uma Mulher chamada Maria,

amiga e companheira das mulheres, comadre e vizinha de tantas outras Marias.

Creio em Jesus, Rabi de Nazaré, que chamou mulheres para serem suas discípulas.

Creio em Jesus de Nazaré, que se sentou junto ao poço

e falou com uma mulher e lhe revelou ser o Messias
e a fez anunciadora da novidade à toda a cidade.

Creio em Jesus, amigo das mulheres, sobre quem uma mulher derrama perfume,

em casa de Simão; que se hospeda em casa de Marta e Maria,
deixando-se ungir por Maria e servir por Marta.

Creio em Jesus, que curou uma mulher em dia de sábado

e lhe restituiu a saúde; que curou a sogra de Pedro e ressuscitou o filho da viúva.

Creio em Jesus que comparou seu Pai a uma mulher que procura uma moeda perdida.

Creio em Jesus que se deixou tocar por uma mulher com hemorragia.

Creio em Jesus, que curou a mulher encurvada

e lhe devolveu a dignidade de estar de pé diante da vida e da sociedade.

Creio em Jesus, que numa festa de casamento atende a Mulher

e faz correr o vinho novo da festa da vida.

Creio em Jesus, que na madrugada do primeiro dia da semana,

aparece a uma mulher e faz dela mensageira da Ressurreição.

Creio na Ruah, Espírito feminino de Deus, que fecunda o ventre de Maria

e em todas as mulheres faz acontecer o milagre da vida.

Creio no Espírito Santo, sopro divino, vento impetuoso, hálito da vida,

que anima as mulheres na luta.

Creio no Espírito, beijo do Pai e do Filho, que enche as mulheres de graça e ternura.

Creio na Trindade Santa, fonte do amor e da vida de todas as mulheres.



Helena T. Rech

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Campanha da Fraternidade 2012

Já estamos em plena Campanha da Fraternidade.

Em 2012, o tema é "Fraternidade e saúde pública"
e o lema: "Que a saúde se difunda sobre a terra!" (Cf. Eclo, 38,8)

O objetivo é despertar a solidariedade das pessoas e de toda a sociedade em relação a um problema concreto. Neste ano, a sáude pública.
Muitos são os recursos para refletir e rezar o tema: o cartaz, os textos, a oração, o hino, os diversos subsídios. Veja também ao lado o vídeo com o Hino.

Recapitulando a História da CF

Em 1961, três padres responsáveis pela Cáritas Brasileira idealizaram uma campanha para arrecadar fundos para as atividades assistenciais e promocionais da instituição e torná-la autônoma financeiramente. A atividade foi chamada Campanha da Fraternidade e realizada pela primeira vez na quaresma de 1962, em Natal no Rio Grande do Norte, com adesão de outras três Dioceses e apoio financeiro dos Bispos norte-americanos. No ano seguinte, 16 Dioceses do Nordeste realizaram a campanha. Não teve êxito financeiro, mas foi o embrião de um projeto anual dos Organismos Nacionais da CNBB e das Igrejas Particulares no Brasil, realizado à luz e na perspectiva das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral (Evangelizadora) da Igreja em nosso País.
Em seu início, teve destacada atuação o Secretariado Nacional de Ação Social da CNBB, sob cuja dependência estava a Cáritas Brasileira, que fora fundada no Brasil em 1957. Na época, o responsável pelo Secretariado de Ação Social era Dom Eugênio de Araújo Sales, e por isso, Presidente da Cáritas Brasileira. O fato de ser Administrador Apostólico de Natal explica que a Campanha tenha iniciado naquela circunscrição eclesiástica e em todo o Rio Grande do Norte.
Este projeto foi lançado, em nível nacional, no dia 26 de dezembro de 1962, sob o impulso renovador do espírito do Concílio Vaticano II, em andamento na época, e realizado pela primeira vez na quaresma de 1964. O tempo do Concílio foi fundamental para a concepção e estruturação da Campanha da Fraternidade, bem como o Plano Pastoral de Emergência e o Plano de Pastoral de Conjunto, enfim, para o desencadeamento da Pastoral Orgânica e outras iniciativas de renovação eclesial. Ao longo de quatro anos seguidos, por um período extenso em cada um, os Bispos ficaram hospedados na mesma casa, em Roma, participando das sessões do Concílio e de diversos momentos de reunião, estudo, troca de experiências. Nesse contexto, nasceu e cresceu a Campanha da Fraternidade.
Em 20 de dezembro de 1964, os Bispos aprovaram o fundamento inicial da mesma intitulado: Campanha da Fraternidade - Pontos Fundamentais apreciados pelo Episcopado em Roma. Em 1965, tanto Cáritas quanto Campanha da Fraternidade, que estavam vinculadas ao Secretariado Nacional de Ação Social, foram vinculadas diretamente ao Secretariado Geral da CNBB. A CNBB passou a assumir a CF. Nesta transição, foi estabelecida a estruturação básica da CF. Em 1967, começou a ser redigido um subsídio maior que os anteriores para a organização anual da CF. Nesse mesmo ano iniciaram também os encontros nacionais das Coordenações Nacional e Regionais da CF. A partir de 1971, participam deles também a Presidência e a Comissão Episcopal de Pastoral.
Em 1970, a Campanha da Fraternidade ganhou um especial e significativo apoio: a mensagem do Papa em rádio e televisão em sua abertura, na quarta-feira de cinzas. A mensagem papal continua enriquecendo a abertura da CF.
De 1962 até hoje, a Campanha da Fraternidade é uma atividade ampla de evangelização desenvolvida num determinado tempo (quaresma), para ajudar os cristãos e as pessoas de boa vontade a viverem a fraternidade em compromissos concretos no processo de transformação da sociedade a partir de um problema específico que exige a participação de todos na sua solução. É grande instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão, renovação interior e ação comunitária como a verdadeira penitência que Deus quer de nós em preparação da Páscoa. É momento de conversão, de prática de gestos concretos de fraternidade, de exercício de pastoral de conjunto em prol da transformação de situações injustas e não cristãs. É precioso meio para a evangelização do tempo quaresmal, retomando a pregação dos profetas confirmada por Cristo, segundo a qual a verdadeira penitência que agrada a Deus é repartir o pão com quem tem fome, dar de vestir ao maltrapilho, libertar os oprimidos, promover a todos.
A Campanha da Fraternidade tornou-se especial manifestação de evangelização libertadora, provocando, ao mesmo tempo, a renovação da vida da Igreja e a transformação da sociedade, a partir de problemas específicos, tratados à luz do Projeto de Deus.

Hino da CF 2012

1. Ah! Quanta espera, desde as frias madrugadas,
Pelo remédio para aliviar a dor!
Este é teu povo, em longas filas nas calçadas,
A mendigar pela saúde, meu Senhor!

Tu, que vieste pra que todos tenham vida, (Jo 10,10)
Cura teu povo dessa dor em que se encerra;
Que a fé nos salve e nos dê força nessa lida, (Mc 5, 34)
E que a saúde se difunda sobre a terra! (Cf Eclo 18,8)

2. Ah! Quanta gente que, ao chegar aos hospitais,
Fica a sofrer sem leito e sem medicamento!
Olha, Senhor, a gente não suporta mais,
Filho de Deus com esse indigno tratamento!

3. Ah! Não é justo, meu Senhor, ver o teu povo
Em sofrimento e privação quando há riqueza!
Com tua força, nós veremos mundo novo, (Cf Ap 21,1-7)
Com mais justiça, mais saúde, mais beleza!

4. Ah! Na saúde já é quase escuridão,
Fica conosco nessa noite, meu Senhor, (Cf Lc 24,29)
Tu que enxergaste, do teu povo, a aflição
E que desceste pra curar a sua dor. (Cf Ex. 3,7-8)

5. Ah! Que alegria ver quem cuida dessa gente
Com a compaixão daquele bom samaritano. ( Lc. 10,25-37)
Que se converta esse trabalho na semente
De um tratamento para todos mais humano!

6. Ah! Meu Senhor, a dor do irmão é a tua cruz!
Sê nossa força, nossa luz e salvação! (Cf. Sl. 27,1)
Queremos ser aquele toque, meu Jesus, (Cf. Mc. 5,20-34)
Que traz saúde pro doente, nosso irmão!

Letra: Roberto Lima de Souza
Música.: Júlio Cézar Marques Ricarte

Oração da Campanha da Fraternidade 2012  
Senhor Deus de amor,
Pai de bondade,
nós vos louvamos e agradecemos
pelo dom da vida,
pelo amor com que cuidais de toda a criação.
Vosso Filho Jesus Cristo,
em sua misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos
e de todos os sofredores,
sobre eles derramou a esperança de vida em plenitude.
Enviai-nos, Senhor, o Vosso Espírito.
Guiai a vossa Igreja, para que ela, pela conversão
se faça sempre mais, solidária às dores e enfermidades do povo,
e que a saúde se difunda sobre a terra.
Amém.

Texto do coordenador nacional da Pastoral da Saúde

 Estimados companheiros e companheiras de caminhada da Pastoral da Saúde:
É com enorme satisfação e o coração cheio de alegria, com lágrimas de felicidade, que lhes comunico sobre a escolha UNÂNIME por parte do CONSEP da CNBB para a Campanha da Fraternidade 2012 no Brasil sobre a "Saúde Pública". A votação e escolha foi na manhã desta quarta-feira (23/06) na sede da CNBB em Brasília. Só para o vosso esclarecimento, ontem (22/06) estivemos presente na reunião do CONSEP em Brasília para uma articulação estratégica com os bispos da Presidência da CNBB e do restante do CONSEP, além de articularmos com todos os assessores dos regionais da CNBB e assessores da própria CNBB, presentes naquela reunião. Foi um sucesso!
Só ouvimos elogios pela idéia e pela enorme articulação do abaixo assinado. Quero ressaltar e agradecer publicamente a ajuda e o apoio especiais da Irmã Delci e do Pe. Luiz Carlos (ambos assessores da CNBB) e de Dom Dimas (Secretário Geral da CNBB), e dizer que esta escolha não foi fácil. Havia mais de 15 temas propostos (oriundos dos regionais da CNBB, da Cáritas Brasileira e Pastoral da Mobilidade Humana) e o nosso foi um deles. Mas no final, pasmem, a escolha foi UNÂNIME e obtivemos 9 votos a favor e nenhum contra pelos bispos do CONSEP e Presidência da CNBB.
Quero ressaltar que não só nos dois últimos 2 dias, em Brasília, mas na última semana, com bastante articulação dos companheiros da Coordenação Nacional (Sebastião e Clemilde), conseguimos compor um bloco de 12 entidades, movimentos e pastorais que apoiaram a nossa causa. São eles(as): Comissão Brasileira de Justiça e Paz; Grito dos Excluídos Continental; Ibrades; Movimento em Defesa dos Direitos Sociais; Pastoral Carcerária; Pastoral da AIDS; Pastoral da Criança; Pastoral da Mobilidade Humana; Pastoral da Mulher Marginalizada; Pastoral da Pessoa Idosa; Pastoral da Sobriedade; Pastoral Operária, dentre outros(as). Obrigado a todos e a todas!
Ainda em tempo, entregamos formalmente, ontem (22/06), o nosso abaixo assinado à CNBB (para o Pe. Luiz Carlos - responsável pela CF da CNBB). Atingimos a fantástica marca de 142.352 assinaturas. Parabéns a todos nós que soubemos articular bem os nossos coordenadores (arqui)diocesanos e/ou locais e consequentemente os nossos agentes, verdadeiros responsáveis por esta vitória.
Ainda não fui informado qual será o tema definitivo (Fraternidade e Saúde Pública ou Saúde: questão de prioridade) e ainda não foi escolhido o lema (será em agosto, na próxima reunião do CONSEP!). Mas a decisão pelo tema já foi tomada e apoiada por todos!
Meus caros companheiros, acho que hoje está sendo um dia muito especial para todos nós e compartilho cada instante deste dia maravilhoso com todos vocês e com todos os nossos agentes da Pastoral da Saúde. Somos muitos grato pelo esforço de cada um que acreditou neste projeto e o êxito incontestável com a escolha da CF 2012 mostra que o nosso trabalho pastoral nunca pode parar e devemos sempre acreditar, mesmo que o nosso sonho seja algo difícil de acontecer!
Acreditamos, fizemos e agora vamos fazer uma breve comemoração, mas temos que frisar que a nossa responsabilidade agora se multiplicará de maneira exponencial. Temos muito trabalho pela frente e contamos com cada um de vocês! Quero lembrar que em 2012 teremos eleições municipais em todo o país, portanto a saúde se tornará ponto de discussão obrigatória para todos os candidatos e nós, juntos, vamos fazer isto acontecer! Parabéns!!
Obrigado e Saúde e Paz!

André Luiz de Oliveira
Coordenador nacional da Pastoral da Saúde


Material da CF 2012  
No site das edições da CNBB, você encontra os materiais impressos para a CF 2012.
Adesivo com Lema, Adesivo do Cartaz, Cartão Postal com Oração da CF, Cartaz Grande, Cartaz médio, Encontros Catequéticos para Crianças e Adolescentes, Famílias na CF 2012 e Via-Sacra, Folhetos Quaresmais, Jovens na CF, Texto-Base CF 2012 e Via-Sacra.
ou

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Logomarca da JMJ 2013



 A comissão organizadora da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) do Rio de Janeiro, em 2013, apresentou dia 7 de fevereiro, o logotipo oficial da iniciativa, que tem como pano de fundo a imagem do Cristo Redentor, símbolo da cidade brasileira.
O desenho escolhido é da autoria de Gustavo Huguenin, carioca de 25 anos, formado em design gráfico, que escolheu três palavras “essenciais”: Cristo, discípulos e nações.
O Cristo consegui passar através do Cristo redentor; o discípulo está representado através do coração, pois o discípulo é aquele que carrega Jesus no coração, e as nações representadas através das formas que lembram o Rio de Janeiro, que naquele momento será o coração do mundo para os jovens, acolhendo-os na referência da montanha e do mar", explicou.
A última edição da JMJ foi realizada em agosto de 2011, em Madri, Espanha, reunindo cerca de dois milhões de participantes.
O lema da JMJ 2013, que vai acontecer de 23 a 28 de julho, é ‘Ide e fazei discípulos de todos os povos’, expressão do evangelho segundo São Mateus.
A JMJ é o maior encontro juvenil organizado pela Igreja Católica, unindo pessoas de todo o mundo em momentos de reflexão, celebração e oração em volta do Papa.
Bento XVI visitou o Brasil de 9 e 14 de maio de 2007, por ocasião da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e das Caribe.