Parábola da semente

"Saiu o semeador a semear..." (Mc 4,3)



domingo, 18 de setembro de 2011

Encontro com catequistas, em Tapiratiba (SP)

Na última semana de agosto (23 e 24) aconteceu em Tapiratiba (SP), encontro de formação para catequistas, seguindo enfoques sobre a pessoa do/a catequista, o conteúdo da catequese, a Pessoa de Jesus - fonte e objetivo da catequese, e ainda, método. Em especial, o método da Leitura Orante, conforme o modelo de Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida. Assessorou o encontro, Ir.Patrícia Silva, fsp.
O grupo de catequistas, em equipes, traçou o Perfil de Jesus, a partir da Palavra de Deus nos Evangelhos.


As Mãos de Jesus
Mãos que fazem o bem sem olhar a quem, acolhendo sempre
Jesus toca os pecadores, curando-os
Jesus  parte o pão com as mãos
Jesus lava os pés dos discípulos
As mãos de Jesus estão sempre estendidas para quem quiser segurá-las

Os Olhos de Jesus
Cristo olha o ser humano, o coração
Com amor sem distinção
Olha a todos, principalmente os que mais precisam
Vê as pessoas além das aparências, sem julgamentos, sem preconceitos

Os Pés de Jesus
Caminham por todas as cidades, povoados, por todos os lugares
Entra nas sinagogas, vai pelo campo, ao templo
Ele passa curando,  buscando outras ovelhas
Chama e envia mais trabalhadores para a colheita
Conduz e salva.
A Cabeça de Jesus
Oferece tudo de bom a todos
Jesus pensa que não devemos nos preocupar com os bens materiais, mas com os bens espirituais, dar valor a vida, se doar e ser humilde
Sonha com a união, a paz, a harmonia. Sonha sempre ver as pessoas felizes
Ele dá valor à vida, à verdade e a um coração sincero
Faz as coisas para que todas as pessoas tenham a esperança de um mundo melhor

O Coração de Jesus

Expressa amor imenso pela humanidade
Jesus foi humano e divino e seu coração se entristece quando as pessoas acumulam bens sem pensar no próximo, pois enquanto uma minoria acumula bens a maioria  passa fome, tanto em bens materiais quanto em espírito
O coração de Jesus valoriza e se alegra com o resgate da humanidade onde se consegue a paz, a união entre os irmãos

A Boca de Jesus
As palavras de Jesus são de seguimento, pois nas citações expressam seguimento e orientações
Sua fala é de justiça, libertação, amor, humildade, conversão e perseverança
Seu diálogo é com todos
Ensina a unidade.
Mais fotos na Galeria ao lado.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Retiro dos/as catequistas, em Jaborandi (SP)

Dia 21 de agosto, reuniram-se catequistas de Jaborandi (SP), Diocese de Barretos,  na Fazenda Santa Mônica para fazerem um dia de Retiro. Participaram cerca de 38 catequistas. Assessorou este dia, irmã Patrícia Silva, fsp.
O dia começou com a celebração eucarística presidida pelo pároco Pe. Aparecido. Toda a comunidade rezou pelos/as catequistas.
Sendo um dia de espiritualidade, a temática ficou em torno da pessoa de Jesus, fonte e conteúdo da catequese, e da pessoa do catequista.
As Novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2011-2015), também foram consideradas nas suas propostas:
- A partir de Jesus Cristo;
- Perfil da ação evangelizadora, abordando: a Igreja em estado permanente de missão
- Iniciação Cristã; a Bíblia como fonte de animação para toda a vida;
-  a Igreja a serviço da vida plena para todos e
- Compromisso de unidade na missão, conforme o perfil do modelo de toda catequse: Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida.
Tendo em vista esta proposta, desenvolveu-se o Retiro dos Catequistas de Jaborandi.

Houve  momentos muito bonitos de partilha e oração comum.
O grupo seguiu um Roteiro de espiritualidade intitulado Projeto CEV ( Cristo em vós) e um esquema de Hora de Adoração ao Santíssimo Sacramento com o método da Leitura Orante.
Com certeza, os frutos serão muitos!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Mês da Bíblia 2011

“Aproximai-vos do Senhor” (Ex 16,9)
Prepare o Mês da Bíblia - setembro de 2011

Como nasceu o Mês da Bíblia?
O Mês da Bíblia surgiu em 1971, por ocasião do cinquentenário da Arquidiocese de Belo Horizonte, Minas Gerais. Foi levado adiante com a colaboração efetiva do Serviço de Animação Bíblica – Paulinas (SAB), até posteriormente ser assumido pela Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) e estender-se ao âmbito nacional.
Objetivos
- Contribuir para o desenvolvimento das diversas formas de presença da Bíblia, na ação evangelizadora da Igreja, no Brasil;
- Criar subsídios bíblicos nas diferentes formas de comunicação;
- Facilitar o diálogo criativo e transformador entre a Palavra, a pessoa e as comunidades.
Histórico do Mês da Bíblia
1971: A celebração do Mês da Bíblia, na Arquidiocese de Belo Horizonte por sugestão e coordenação das Irmãs Paulinas, do Pe. Antonio Gonçalves e de outras pessoas.
1976: Foram visitadas 30 dioceses de Minas Gerais e Espírito Santo propondo o Mês da Bíblia como opção de evangelização, em continuidade à Campanha da Fraternidade.
1978: O Mês da Bíblia se estendeu, oficialmente, ao Regional Leste 2 da CNBB, Minas Gerais e Espírito Santo, e a muitas outras dioceses do Brasil.
1985: Animado pelo Serviço de Animação Bíblica – SAB, o Mês da Bíblia se estendeu a todo o Brasil e a outros países da América Latina.
1997: Com o projeto “Rumo ao Novo Milênio” (RNM), foi proposto o estudo dos quatro Evangelhos, no decorrer do ano.
2001 - 2003: Prosseguiu com o Projeto “Ser Igreja no Novo Milênio”.
2004 - 2007: Continuou com o Projeto “Queremos ver Jesus”.
2008 - 2010: Prosseguiu com Projeto Brasil na Missão Continental “A alegria de ser discípulo/a missionário/a”.
2011: Continua com o Projeto “Brasil na Missão Continental” e de Iniciação à Vida Cristã.
Temas do Mês da Bíblia de 1971 a 2011
01) 1971 Bíblia, Jesus Cristo está aqui
02) 1972 Deus acredita em você
03) 1973 Deus continua acreditando em você
04) 1974 Bíblia, muito mais nova do que você pensa
05) 1975 Bíblia, palavra nossa de cada dia
06) 1976 Bíblia, Deus caminhando com a gente
07) 1977 Com a Bíblia em nosso lar, nossa vida vai mudar
08) 1978 Como encontrar justiça e paz? O livro de Amós
09) 1979 Bíblia, o livro da criação - Gn 1-11
10) 1980 Buscamos uma nova terra - História de José do Egito
11) 1981 Que todos tenham vida! - Carta aberta de Tiago
12) 1982 Que sabedoria é esta? - As Parábolas
13) 1983 Esperança de um povo que luta - O apocalipse de São João
14) 1984 O caminho pela Palavra - Os atos dos Apóstolos
15) 1985 Rute, uma história da Bíblia - Livro de Rute
16) 1986 Bíblia, livro da Aliança - Êxodo 19-24
17) 1987 Homem de Deus, homem do povo - profeta Elias
18) 1988 Salmos, a oração do povo que luta - O livro dos Salmos
19) 1989 Jesus: palavra e pão - Evangelho de João, cap 6
20) 1990 Mulheres celebrando a libertação
21) 1991 Paulo, trabalhador e evangelizador - Vida e viagens de Paulo
22) 1992 Jeremias, profeta desde jovem - Livro de Jeremias
23) 1993 A força do povo peregrino sem lar, sem terra - 1ª Carta de Pedro
24) 1994 Cântico: uma poesia de amor – Cântico dos Cânticos
25) 1995 Com Jesus na contramão - o Evangelho de Marcos
26) 1996 Jó, o povo sofredor - Livro de Jó
27) 1997 Curso Bíblico Popular - Evangelho de Marcos
28) 1998 Curso Bíblico Popular - Evangelho de Lucas
29) 1999 Curso Bíblico Popular - Evangelho de Mateus
30) 2000 Curso Bíblico Evangelho segundo João: luz para as Comunidades
31) 2001 Curso Bíblico Atos dos Apóstolos, capítulos de 1 a 15
32) 2002 Curso Bíblico Atos dos Apóstolos, capítulos 16 a 28
33) 2003 Curso Bíblico Popular - Cartas de Pedro
34) 2004 Curso Bíblico Popular - Oséias e Mateus
35) 2005 Curso Bíblico Popular - Uma releitura do II e III Isaías
36) 2006 Come teu pão com alegria - Eclesiastes
37) 2007 Deus viu tudo o que tinha feito: e era muito bom - Gênesis
38) 2008 A Caridade sustenta a Comunidade - Primeira Carta aos Coríntios
39) 2009 A alegria de servir no amor e na gratuidade - Carta aos Filipenses
40) 2010 Levanta-te e vai à grande cidade - Introdução ao estudo do profeta Jonas
41) 2011 Travessia: passo a passo, o caminho se faz (Ex 15,22-18,27) com o lema “Aproximai-vos do Senhor” (Ex 16,9)
Louvamos e agradecemos a Deus por estes 40 anos de compreensão, vivência e anúncio da Palavra de Deus. Deixemo-nos guiar pelo Espírito Santo para podermos cada vez mais amá-La (cf. Verbum Domini, 5).
Mês da Bíblia 2011
A proposta do mês da Bíblia, para este ano, é o estudo e aprofundamento dos seguintes capítulos do livro do Êxodo: 15,22–18,27. O tema é: Travessia: passo-a-passo o caminho se faz. E o lema: Aproximai-vos da presença do Senhor – Ex 16,9). Tal proposta tem o objetivo de fazer uma ligação entre estes capítulos e o estudo da iniciação cristã, por isso, iremos relacioná-los com passagens que abordam o mesmo tema no Novo Testamento.
O grupo Shemá, do Serviço de Animação Bíblica, SAB, apresenta um subsídio de estudo e aprofundamento destes capítulos, que servirão aos círculos bíblicos, às pastorais e a todos os que se interessarem pelo estudo do tema.
O livro do Êxodo celebra a fé e manifesta a intervenção de Deus, nos acontecimentos humanos. Esta fé nasceu de um acontecimento histórico, em que Deus e o povo se uniram para a conquista da liberdade. Só se entende a fé de Israel a partir deste acontecimento. Deus escuta o clamor do seu povo, escravo e oprimido no Egito, e une-se a ele num ato de libertação, a fim de que o povo possa sair da terra da opressão e conquiste uma terra onde possa viver em liberdade e encontrar a vida.
A travessia do Mar dos Juncos foi a passagem da escravidão, para a liberdade (Ex 14-15). O hino de Ex 15 celebra a presença do Deus libertador, conduzindo e protegendo seu povo.
Após a travessia do mar, durante o longo caminho pelo deserto rumo à terra prometida, os hebreus se depararam com as dificuldades que surgem, durante a passagem da escravidão para a liberdade. Há dificuldades externas e internas, como a escassez de alimentos e a falta de água potável, além de conflitos e perigos por parte dos inimigos.
O povo enfrenta a dificuldade de ser livre e olha para trás, desejando voltar para sua condição de escravo, por medo de enfrentar os novos desafios que a liberdade traz. A escravidão não implica perigos, desde que haja subserviência e obediência cega. A liberdade, por sua vez, implica responsabilidades e riscos. É necessário construir o seu próprio projeto e, para isso, é preciso acreditar em si.
Diante do novo, surge a saudade do antigo, não por ser melhor a condição de antes, mas por ser conhecida. Durante o longo trajeto pelo deserto, o povo é chamado a construir uma sociedade em que não há acúmulo, opressão ou desigualdade, pois cada um recebe exatamente o que necessita para viver (maná), aprende a confiar na fidelidade de Deus e é chamado a obedecer a seus mandamentos.
O Subsídio está dividido em quatro temas, preparados para o estudo e aprofundamento destes capítulos, além de uma celebração final para a conclusão dos encontros.
No primeiro tema, o texto abordará Ex 15, 22-27, relato em que o povo é conduzido por Moisés pelo deserto e passa provações, como a falta de água. A água encontrada era amarga e, portanto, imprópria para o consumo. O povo queixa-se (15,24) ao não encontrar, no deserto, condições de sobrevivência. Moisés intercede a Deus e este o atende, tornando as águas doces. O povo é convocado a escutar a voz de Deus e seguir seus mandamentos (15,26).
Ao relacionar com o estudo sobre a iniciação cristã, podemos coligá-lo com Lc 10, 25-28.
No segundo tema, Ex 16, 1-35, devido a falta de alimento o povo murmura contra Moisés e Aarão (16, 2-3) e mostra-se arrependido por ter deixado a “fartura” do Egito. Então, o Senhor intervém e envia o maná que deverá ser recolhido a cada dia e servirá de alimento para o povo, durante a longa marcha pelo deserto. O maná no deserto prefigura o verdadeiro Pão do Céu, Jesus, conforme afirma João em seu evangelho (Jo 6). O povo aprende a partilhar e a observar o sábado.
No terceiro tema, Ex 17, 1-7, o povo põe em dúvida a assistência divina, devido novamente a escassez de água e mais uma vez murmura, ante os problemas que surgem durante a sua trajetória pelo deserto. O contexto é tenso, há brigas e discussões. Moisés intercede pelo povo e invoca misericórdia. Deus mostra-se fiel e novamente concede ao povo, aquilo que lhe foi pedido. Da rocha brota água que sacia a sede.
Em 1Cor 10, 1-13, Paulo afirma que Jesus é a rocha da qual brotou água. Esses episódios nos remetem ao sacramento do Batismo e da Eucaristia.
No quarto tema, Ex 18, 13- 27, reflete-se sobre a autoridade: comunhão e participação. Diante da missão dada por Deus a Moisés, ele seguiu o conselho do seu sogro e saiu em busca de colaboradores. Este texto dá uma grande lição de comunhão e participação com aqueles que, unidos por uma mesma causa, põe suas forças a serviço e dá a sua contribuição. É preciso saber compartilhar, delegar e confiar. Essas são as bases de um governo sábio. Este texto faz um paralelo com Mc 10, 41-45 no qual Jesus denuncia o poder que tiraniza e oprime.
Na celebração final, aprofundaremos Ex 18, 1-12. Aqui são partilhadas as maravilhas da ação de Deus na vida do povo; as dificuldades encontradas no percurso de libertação e o modo como o Senhor manifestou seu amor e misericórdia. É o momento de louvar e bendizer a Deus por tudo o que ele fez por Israel (18,10) e continua realizando em nosso meio. 
Fonte: SAB - http://www.paulinas.org.br/sab/mes-biblia.aspx#5

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Começam as celebrações dos 100 anos da Família Paulina


Participe da abertura das comemorações do Centenário da Família Paulina, pela TV Aparecida, no próximo dia 20 de agosto, às 18h. Você pode acompanhar também pela internet, acessando o seguinte link: http://www.paulinas.org.br/paulinas_tv/especiais/videoTVAparecidaaovivo.aspx
Acompanhe também todas as comemorações pelo site:  http://www.alberione.org/100anni/ 

terça-feira, 19 de julho de 2011

Para cantar: Qualquer um pode ser irmão de Jesus

Qualquer um pode ser meu irmão,
qualquer uma pode ser minha irmã
Quem fizer a vontade do meu Pai
É meu irmão, minha irmã e minha mãe.


Falava ele um dia a respeito do amor
E foi interrompido por alguém que o avisou:
"Lá fora estão seus irmãos e sua mãe!"
Então, Jesus falou:

Qualquer um pode ser meu irmão.....
Pe. Zezinho, scj

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Comentário: Novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil

Partir de Jesus Cristo - Texto do Pe. Vitor Galdino Feller

É preciso voltar sempre de novo a Jesus de Nazaré, à sua pessoa e prática.

Na última Assembleia Nacional da CNBB foram aprovadas as novas Diretrizes Gerais para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, pra o período de 2011 a 2015. É nessas diretrizes que as dioceses, paróquias e comunidades, pastorais, movimentos e organismos eclesiais devem encontrar a inspiração para desenvolver seu planejamento e sua ação pastoral. Bem mais que nas diretrizes anteriores, nestas últimas aparece, de forma clara, o que foi decidido no Documento de Aparecida, isto é, que nossa ação pastoral deve passar da manutenção para a criatividade, deve deixar de ser uma pastoral da conservação e tornar-se uma pastoral decididamente missionária.
Para isso, as novas diretrizes sugerem que o ponto de partida seja Jesus Cristo. É preciso voltar sempre de novo a Jesus de Nazaré, à sua pessoa e prática, para sermos seus discípulos e missionários e, com ele, anunciarmos o Reino de Deus nos dias de hoje. As diretrizes sugerem duas atitudes: alteridade e gratuidade. Alteridade se refere à abertura que se deve ter ao outro, ao diferente, na prática do respeito, do encontro, do diálogo e da partilha. Gratuidade se refere à prática de Jesus, que ia ao encontro dos outros sem esperar nada em troca, não entrando na lógica do lucro e do mercado e evitando práticas que geram violência e destruição.
UM NOVO JEITO DE SER IGREJA
Depois de lembrar que vivemos uma mudança de época, na qual é preciso superar tanto o relativismo frouxo como o fundamentalismo fanático, as novas diretrizes indicam urgências evangelizadoras que mexem com nossa concepção e prática de Igreja. Segundo Dom Raymundo Damasceno Assis, cardeal-arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, as diretrizes apontam para “uma Igreja que se firma no discipulado de Jesus Cristo, voltando-se ainda mais às fontes da fé; uma Igreja que se coloca, de modo inquestionável, ao lado da vida, em especial a vida fragilizada, ameaçada e desrespeitada; uma Igreja samaritana, irmã dos mais pobres e que se quer cada vez mais aberta ao diálogo ecumênico e interreligioso; uma Igreja, em que cada batizado reconhece e assume o valor testemunhal de sua própria vida”.
As cinco grandes urgências evangelizadoras elencadas pelas diretrizes são: a Igreja em estado permanente de missão; a Igreja como casa da iniciação cristã; a Igreja como o lugar da animação bíblica de toda a vida; a Igreja como comunidade de comunidades; a Igreja a serviço da vida plena para todos. Na primeira e na última dessas urgências, como que uma moldura para as outras três, percebe-se que a Igreja deve estar voltada para fora, para a missão, para a encarnação no mundo, o diálogo com a sociedade, o encontro com as culturas, o serviço dos pobres, a transformação da realidade. Nas outras três, a Igreja deve estar voltada para Deus, para o mistério da graça que lhe é dada, a força que lhe vem da Palavra e dos Sacramentos.
UMA IGREJA DA MISSÃO
A primeira das urgências evangelizadoras é pôr a Igreja em estado permanente de missão. Isso exige uma verdadeira conversão pastoral, implica em atitudes e iniciativas de auto-avaliação, mudança de estruturas pastorais, novos métodos e atitudes, a fim de fazer com que todos os batizados sejam apaixonados por Jesus Cristo, pelo Reino de Deus e pelo anúncio do Evangelho. Outra urgência evangelizadora que aponta para fora é colocar a Igreja a serviço da vida plena para todos, em favor das pessoas e grupos necessitados e da própria natureza. Isso exige capacidade para os gritos proféticos diante dos ataques que a vida sofre da parte da lógica do mercado. Deve-se defender a vida que, em todos os seus tempos, se vê ameaçada: no seu início, pelas leis pró-aborto; no seu fim natural, pelas leis pró-eutanásia; no seu percurso, pelas carências de subsistência e segurança, condições de saúde e educação. Torna-se necessário retomar a opção pelos pobres que, como disse o papa Bento XVI em Aparecida, “está implícita na fé cristológica naquele Deus que se fez pobre por nós, para nos enriquecer com sua pobreza”. Essa opção faz que os batizados se tornem os samaritanos de hoje e vão em socorro dos últimos, dos indefesos, marginalizados, excluídos.
UMA IGREJA DE DISCÍPULOS
As outras urgências evangelizadoras insistem em temas que se fazem presentes entre nós desde o Concílio Vaticano II, mas que ganham agora um realce novo: iniciação cristã, animação bíblica e rede de comunidades.
Nossas famílias já não conseguem transmitir a fé como em outros tempos. Então, a comunidade eclesial deve insistir mais na iniciação cristã. Há muitas pessoas - crianças, jovens e adultos - que recebem os sacramentos da iniciação cristã, mas que não são devidamente evangelizadas. No mundo plural em que vivemos, urge atuar na formação cristã dos batizados, a fim de que sejam verdadeiramente iniciados nos mistérios de Deus, no caminho da santidade, na leitura e na prática da Palavra, no conhecimento das verdades da fé. O recurso ao catecumenato dos primeiros séculos do cristianismo, atualizado para nossos tempos, é um caminho que se abre para a nova evangelização.
A animação bíblica deve fazer com que a Palavra de Deus esteja à frente de toda obra evangelizadora. Carecemos de um catolicismo bíblico. O recurso à religiosidade popular e a devoções tradicionais não evangelizam se não estiverem profundamente marcados pela Palavra. Os métodos de leitura orante da Palavra são apontados pelas diretrizes como caminho da verdadeira evangelização. É preciso levar a Bíblia para as mãos do povo, nos grupos bíblicos em família, nas comunidades, nos encontros de catequese, nas pastorais e movimentos, em todo espaço e tempo.
Rede de comunidades! No mundo de hoje busca-se trabalhar em rede. Também na Igreja. Para isso, é preciso valorizar a vida comunitária e resgatar as práticas locais. Existem muitas experiências comunitárias nas cidades, nas periferias, no mundo rural. As novas diretrizes valorizam as Comunidades Eclesiais de Base ao lado de novas experiências comunitárias, como os círculos bíblicos, os grupos de família, as novas comunidades. Sugerem que nossas paróquias sejam setorizadas, a fim de que o Evangelho possa chegar em todos os ambientes e realidades, onde vive o povo.
Enfim, é preciso considerar que só nos tornaremos verdadeiros discípulos e missionários se anunciarmos a mensagem cristã não em primeiro lugar aos outros, mas a nós mesmos, cumprindo as exigências de Jesus e fazendo dele nosso ponto de partida.

sábado, 2 de julho de 2011

Novas linguagens - O que o papa tuita?

O Papa tuíta: ''Queridos amigos, acabo de lançar o News.va. Louvado seja o Senhor!'' 
O Papa Bento XVI decidiu, ele mesmo, promover o novo portal de informações do Vaticano, News.va. E, para isso, nada melhor do que enviar uma mensagem através da página de microblogging Twitter.
O portal foi inaugurado oficialmente na Internet pelo próprio Bento XVI na quarta-feira, 29, por ocasião da solenidade dos santos Pedro e Paulo e da celebração do 60º aniversário de ordenação sacerdotal do pontífice.
Visite o site e acompanhe as notícias da Igreja. Poderão ser lidas todas as notícias divulgadas pelos diversos meios da Santa Sé , como a própria Sala, o jornal do Vaticano L'Osservatore Romano, a Rádio do Vaticano, a agência Fides e o Serviço de Informação do Vaticano (VIS).
Acesse em italiano: http://www.news.va/it