Parábola da semente

"Saiu o semeador a semear..." (Mc 4,3)



quarta-feira, 18 de junho de 2014

Corpus Christi - "Festa de Deus"

A religiosa agostiniana Juliana de Mont Cornillon começou a ter "visões" em 1209, aos 17 anos; nelas, era-lhe pedida uma festa anual, celebrada pela Igreja, para agradecer o sacramento da Eucaristia.
Somente aos 38 anos Irmã Juliana confidenciou esse segredo a João Pantaleão, que se tornaria o papa Urbano IV.
Com autorização do papa, a chamada "Festa de Deus" teve início na Paróquia de Saint Martin, em Liège, na Bélgica, em 1230. Ele recomendou que a festa se restringisse ao interior da igreja, pois ainda não era oficial. Assim, as pessoas começaram a proclamar sua gratidão a Deus pelo benefício da Eucaristia. Em 1247, a procissão eucarística saiu pelas ruas de Liège, tornando-se uma festa da diocese e, logo depois, de toda a Bélgica.

A festa mundial de Corpus Christi foi decretada por Urbano IV em 11 de agosto de 1264, seis anos após a morte de Irmã Juliana. Ele instituiu, por meio da Bula Transiturus, a festa que seria celebrada na quinta-feira, após a Festa da Santíssima Trindade.

A festa de Corpus Christi foi adotada definitivamente somente cinquenta anos depois de Urbano IV. Em 1313, o papa Clemente V confirmou a Bula de Urbano IV nas Constituições Clementinas do Corpus Juris, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial.

Em virtude dos protestantes, da Reforma de Lutero e dos que negavam a presença real de Cristo na Eucaristia, o concílio de Trento (1545-1563) fortaleceu o decreto da instituição da Festa de Corpus Christi, obrigando o clero a realizar a procissão eucarística pelas ruas das cidades, como ação de graças pelo dom supremo da Eucaristia e como manifestação pública da fé na presença real de Cristo na hóstia.

Irmã Juliana de Mont Cornillon foi canonizada em 1599, pelo papa Clemente VIII.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Dicas para celebrar Pentecostes na Liturgia


A cor de Pentecostes é o vermelho
O espaço deve ser expressão da Páscoa do Senhor, destacando o círio Pascal, a mesa da Palavra, a mesa da eucaristia e a pia batismal.
Antes do início de celebração pode-se cantar um canto do Espírito Santo e 7 pessoas com velas acesas entram, representando os 7 dons. Preparar com antecedência um lugar para por as velas.

No ato penitencial pode ser feita a aspersão lembrando nosso batismo, utilizando um canto próprio para o momento.

Nesta solenidade a liturgia traz a sequência. A sequência é um hino que surgiu por volta do século IX. De forma lírica e expressiva, fala sobre determinado tema da devoção cristã. Este hino é cantado antes da aclamação ao Evangelho. Deve ser valorizado.

Na profissão de fé, pode-se renovar as promessas do batismo. Nas preces, lembrar todos os jovens que recebem o sacramento do crisma nesse dia.




No final da celebração, após a oração pós-comunhão, pode ser realizado o rito de apagar o Círio Pascal.  É importante que antes de iniciar o rito, o presidente da celebração ou o animador, oriente os celebrantes explicando porque o Círio Pascal é retirado da assembleia.

A comunidade poderá ser motivada assim:  na noite da Vigília Pascal, aclamamos Cristo nossa Luz e acendemos o Círio Pascal. A luz do Círio nos acompanhou nestes cinqüenta dias do Tempo Pascal.  No dia de Pentecostes, ao concluir o Tempo da Páscoa, o Círio será apagado. 

Este sinal nos é tirado para que, educados na escola pascal do mestre Ressuscitado, nos tornemos a “luz de Cristo” que se irradia, como uma coluna luminosa que passa no mundo, para iluminar os irmãos e irmãs e guiá-los no êxodo definitivo rumo ao céu.