Parábola da semente

"Saiu o semeador a semear..." (Mc 4,3)



quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Campanha da Fraternidade 2013

É tempo de preparar a Campanha da Fraternidade que, em 2013, será lançada no dia 13 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas.

Tema e lema
Esse ano o tema será “Fraternidade e Juventude” e o lema “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8).

Após 21 anos da Campanha da Fraternidade de 1992, que abordou como tema central a juventude, a CF 2013, na sua 50ª edição, terá a mesma temática. A acolhida da temática “juventude” tem como objetivo ter mais um elemento além da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) para fortalecer o desejo de evangelização dos jovens.

O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Eduardo Pinheiro, explicou que uma das metas principais da CF de 2013 é olhar a realidade juvenil, compreender a riqueza de suas diversidades, potencialidades e propostas, como também os desafios que provocam atitudes e auxílios aos jovens e aos adultos.

Objetivo
O objetivo geral da CF é acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna, fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz.
“Dentro do sentido da palavra 'acolher' está o valorizar, o respeitar o jovem que vive nesta situação de mudança de época e isso não pode ser esquecido”, destacou o presidente da Comissão da CNBB.

 O cartaz da CF 2013
O cartaz escolhido para a Campanha da Fraternidade de 2013, que tem como tema "Fraternidade e Juventude", e como lema "Eis-me aqui, envia-me!" coloca em evidência a jovialidade e a alegria. O 'Eis-me aqui, envia-me!' é a voz forte do jovem que, repleto de sonhos e com grande autoestima, se coloca à disposição para ajudar a todos nós a navegarmos em águas profundas neste mundo virtual que lhe é caro e próprio.

- Para o arcebispo de São Paulo, Cardeal dom Odilo Pedro Scherer, o cartaz faz um apelo ao jovem para um maior envolvimento na CF 2013 e na preparação da Jornada Mundial da Juventude Rio2013. "O cartaz coloca em evidência a jovialidade e a alegria. Existem muitos problemas no mundo, mas os jovens olham para frente. E eles têm o direito de olhar com esperança para o futuro. Eu acredito que a Campanha da Fraternidade será uma grande contribuição para que os jovens recebam uma resposta aos seus sonhos." disse o Cardeal.
Segundo o Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, dom Eduardo Pinheiro da Silva, o tema da CF 2013 reforça a opção da Igreja pela juventude. "Tendo como referência a cruz de Jesus Cristo, o cartaz traz, em primeiro plano, uma jovem que demonstra alegria em responder ao chamado que Deus lhe faz. A Igreja acredita nessa disponibilidade da juventude, nessa resposta do jovem que encontra na sua comunidade a abertura, a provocação e a oportunidade para um serviço à Igreja e à sociedade", disse Dom Eduardo.-
Fonte: http://www.portalkairos.net/campanhadafraternidade/2013/campanhadafraternidade2013_cartaz.asp#ixzz2JVm16N28

Oração oficial da CF 2013
Pai santo, vosso Filho Jesus,
conduzido pelo Espírito
e obediente à vossa vontade,
aceitou a cruz como prova de amor à humanidade.
Convertei-nos e, nos desafios deste mundo,
tornai-nos missionários
a serviço da juventude.
Para anunciar o Evangelho como projeto de vida,
enviai-nos, Senhor;
para ser presença geradora de fraternidade,
enviai-nos, Senhor;
para ser profetas em tempo de mudança,
enviai-nos, Senhor;
para promover a sociedade da não violência,
enviai-nos, Senhor;
para salvar a quem perdeu a esperança,
enviai-nos, Senhor;
para...

Hino da CF 2013

1 - Sei que perguntas, juventude, de onde veio
Teu belo jeito sempre novo e verdadeiro.
Eu fiz brotar em ti desde o materno seio
Essa vontade de mudar o mundo inteiro.

Refrão:
Estou aqui, meu Senhor, sou jovem, sou teu povo!
Eu tenho fome de justiça e de amor,
Quero ajudar a construir um mundo novo.
Estou aqui, meu Senhor, sou jovem, sou teu povo!
Para formar a rede da fraternidade,
E um novo céu, uma nova terra, a tua vontade.
Eis-me aqui, envia-me Senhor! (2x)

2 - Levem a todos meu chamado à liberdade
Onde a ganância gera irmãos escravizados.
Quero a mensagem que humaniza a sociedade
Falada às claras, publicada nos telhados.
Refrão
3 - Para salvar a quem perdeu a esperança
Serei a força, plena luz a te guiar.
Por tua voz eu falarei, tem confiança,
Não tenhas medo, novo Reino a chegar!

Coleta CF
24 de março - Domingo de Ramos - Coleta Nacional da Solidariedade

Fonte: http://www.portalkairos.net/campanhadafraternidade/2013/campanhadafraternidade2013_oracao.asp#ixzz2JVlYoLXk

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Uma reflexão sobre a fé no inicio de mais um ano

Aqui, uma reflexão para catequistas, neste início de ano.

Em que eu creio?
Crer em quê? E como? E por quê?
Questionar não é negar. Pode até ser a forma de fé mais autêntica de que uma pessoa seja capaz.

Todos os domingos, nós recitamos o Creio sem refletir nas frases e nas palavras que pronunciamos. Nada nos surpreende dessa nomenclatura da nossa fé nascida do desejo das primeiras gerações cristãs de se dizerem o essencial da fé que as fazia viver. Mas, hoje, são muitos aqueles que custam a abraçar essa profissão de fé elaborada em um contexto cultural totalmente diferente. "Quanto mais eu envelheço", escreve Joan Chittister, "mais eu me impressiono ao ver que ensinamos às crianças o que os adultos não compreendem".

Joan Chittister é beneditina e, em um livro intitulado "Em que creio", retoma, um por um, os artigos do Credo para especificar a sua fé. Ela fala disso a partir da sua experiência de 40 anos de vida monástica, marcada pela doença e pelo sofrimento, pela descoberta e pelo engajamento. Sua exposição por recordações pessoais, meditação, questionamentos críticas e lições de sabedoria, por um surpreendente testemunho de uma fé para hoje. Em outras palavras, a experiência de uma vida humana.

Durante um batismo, quem preside a celebração faz claramente a pergunta: "Credes em Deus?". Essa pergunta se dirige a cada um pessoalmente e exige mais do que uma adesão automática. Por ocasião de um acontecimento desse tipo, Joan Chittister perguntou a si mesma: "Você acredita? E em que acredita?". Naquele ponto, repetindo as palavras do Credo, tomou consciência de que acreditava diferentemente.

A fé que a habita agora é muito menos segura do que há alguns anos, mas é mais vigorosa, porque "é uma fé muito mais real do que quando eu acreditava no incrível". "Eu acreditava – diz – em toda espécie de enunciados apresentados como 'fatos'. Eu acreditava até que Deus era masculino. Eu acreditava em muitas coisas em que eu não acredito mais. Então, eu tenho fé ou não?".
Joan Chittester vê uma diferença entre aderir a aspectos históricos e científicos da fé e ver na fé o mistério da criação, a luta permanente da redenção e a santidade no cotidiano.

As questões levantadas por Joan Chittister se relacionam com uma época marcada por divergências éticas fundamentais e por uma incredulidade social generalizada. A sua questão fundamental refere-se a pessoas que aderem à fé: "Em que se presume que acreditam as garçonetes e os taxistas, os jovens professores e os velhos avós, as secretárias, os contadores, os pais de crianças pequenas, em um mundo em que os profissionais da fé não conseguem pôr-se de acordo?".

O que é crer para o mundo comum?
Chegou o momento, diz-nos a autora, de desenterrar a fé sepultada sob os nossos rituais e de reanimar o sentido do mistério escondido sob respostas que não convencem mais. Chegou o momento de reavaliar o nosso lugar no mundo. Chegou o momento de crer em algo mais do que em nós mesmos.

Mas crer em quê? E como? E por quê?
Questionar não é negar. Pode até ser a forma de fé mais autêntica de que uma pessoa seja capaz. O que acontece, de fato, segundo Joan Chittester, é que homens e mulheres com novas questões sobre velhos problemas e com velhas questões sobre novos problemas convidam as Igrejas, mais do que antes, a se preocuparem com a espiritualidade, em vez da catequese. Houve um tempo em que o chauvinismo fazia da pertença religiosa um esporte de equipe. O nosso grupo tinha a verdade; os outros estavam no erro. Nós tínhamos as respostas; eles estavam errados.

A fé, adverte Joan Chittister, não é uma prestidigitação sobrenatural destinada a nos preservar das exigências da vida. A fé é o que nos permite avaliar as escolhas que se oferecem a nós em função do que é verdadeiramente real e importante na vida e, em última instância, manter a orientação de fundo.
Dizer "eu creio" quer dizer que eu me confio ao que eu conheço sem conhecer, ao que eu sinto sem ver, ao que eu quero mesmo sem ter, com tudo o que eu tenho. Dizer "eu creio" é dizer "sim" ao mistério da vida.
Joan Chittister apresenta o seu caminho de fé como um convite para continuar a nossa reflexão pessoal. Ela resume a sua fé no texto a seguir, ao qual eu me somo sem hesitação.

Creio em um só Deus
que fez a todos nós
e cuja divindade infunde toda a vida
com o sagrado.
Creio nas múltiplas revelações
desse Deus
vivo em cada coração humano,
expressado em cada cultura,
e encontrado em todas as sabedorias
do mundo.
Creio
que Jesus Cristo,
o filho único de Deus,
é o rosto de Deus
na terra
em quem vemos melhor
a justiça divina,
a misericórdia divina,
e a compaixão divina,
a que somos chamados.
Creio no Cristo
que é Um em ser com o Criador
e que nos mostra a presença de Deus
em tudo o que existe
e desperta o sagrado em nós.
Creio em Jesus, o Cristo,
que nos leva à plenitude
da estatura humana,
ao que fomos chamados a nos tornar
antes de todos os tempos
e por todas as outras coisas que foram feitas.
Por meio de Cristo
tornamo-nos novas pessoas,
chamadas a ir além das consequências
da nossa fragilidade
e elevados à plenitude da vida.
Pelo poder do Espírito Santo
ele nasceu da mulher Maria,
pura de alma
e sincera –
um sinal para as eras
do lugar exaltado
da feminilidade
no plano divino
da salvação humana.
Ele cresceu como nós
através de todas as fases da vida.
Ele viveu como nós
presa das pressões do mal
e intencionado ao bem.
Ele não rompeu nenhuma ligação com o mundo
ao que estava ligado.
Ele não pecou.
Ele nunca se afastou da mente de Deus.
Ele nos mostrou o Caminho,
viveu-o por nós,
sofreu por causa dele,
e morreu por causa dele
para que vivêssemos
com um coração novo,
uma mente nova,
e uma nova força
apesar de toda a morte
a que estamos diariamente sujeitos.
Para o nosso bem
e pelo bem da Verdade eterna
ele foi perseguido,
atacado
e executado
por aqueles
que eram os seus próprios deuses
e que não valorizavam o sagrado
em nenhum outro.
Ele sofreu para que pudéssemos perceber
que o espírito em nós
nunca pode ser morto,
seja qual for o preço que tenhamos que pagar
por nos mantermos fiéis
ao desejo de Deus.
Ele morreu
mas não morreu
porque ele vive em nós
ainda.
"No terceiro dia" no túmulo
ele ressuscitou
naqueles que ele deixou para trás
e em cada um de nós também
para viver nos corações
que não sucumbirão
aos inimigos da vida.
Ele mudou toda a vida
para todos nós desde então.
Ele ascendeu para a vida de Deus
e espera lá
pela nossa própria ascensão
para a vida além da vida.
Ele espera lá,
julgando o que foi antes
e o que ainda está por vir
contra os valores infinitos
e, em nome da virtude eterna,
pelo tempo em que toda a vida
será reunida em Deus,
cheia de vida e de luz,
embebida de verdade.
Creio no Espírito Santo,
o sopro de Deus
sobre a terra,
que mantém a visão de Cristo presente
às almas ainda na escuridão,
dá vida
mesmo aos corações agora cegos.
Infunde energia
em espíritos ainda cansados, isolados,
em busca e confusos.
O espírito falou
ao coração humano
por meio dos profetas
e me dá sentido
à Palavra
ao longo do tempo.
Creio na Igreja una, santa e universal.
Unida pela santidade da criação
e pela santidade dos corações
sempre verdadeiros.
Reconheço a necessidade
de ser liberto das compulsões
da minha vida desordenada
e a minha necessidade de perdão
diante da fragilidade.
Busco a vida eterna
de formas que eu não posso nem sonhar
e confio
que a criação continua criando
neste mundo
e em nós
para sempre.
Amém.
Amém à criação, ao Deus que é vida, à coragem, à esperança, ao espírito da verdade, à natureza, à felicidade, à plenitude, ao lugar das mulheres no plano de Deus, ao Cristo que nos chama para além os limites de nós mesmos, ao perdão, a tudo o que faz da vida o primeiro passo na expansão do coração para as dimensões de Deus. Amém. Amém. Amém.
Em tudo isso, nós certamente podemos crer.
Como Deus fez.

Diácono francês Robert Hotte

Não deixe de ler o livro de Joan  Chittester "Para aprofundar o creio"

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Canções da Festa dos Reis

Estas são canções do folclore religioso da Festa dos Reis

Que noite tão bonita
(tema de folia de Reis, recolhida por Ely Camargo em Nova Resende, MG, em 1979)
Ai, que hora tão solene, ai, ai, ai
Ai, que noite tão bonita, ai, ai, ai
Que o Menino foi nascido, ai, ai, ai
Numa pobre estrebaria, ai, ai, ai
Quem podia ter nascido, ai, ai, ai
Num lençol de ouro fino, ai, ai, ai
Foi pra dar exemplo ao mundo, ai, ai, ai
Que nasceu pobre menino, ai, ai, ai
CD Cantigas do povo - Água da fonte, Ely Camargo , Paulinas COMEP
Reisado a São José
(domínio público)

Ô de casa, ô de fora
Maria, vai ver quem é
São os cantador de Reis
Quem mandou foi São José
Cantar Reis não é pecado
São José também cantou

São José também cantou
Neste dia de alegria
Mas depois de muito tempo
São José também chorou
Porque viu seu filho moço
Pregado numa cruz por tanto amor

As estrelinhas
(domínio público)

As estrelinhas lá no céu clareou
Foi a hora que Jesus suspirou

Mas ajoelha, meus irmãos pecadô
Joêio em terra pra beijar Nosso Senhor

Louvor a Santo Reis
(Fernando Guimarães)

Santo Reis aqui chegou
Juntinho de sua bandeira
O Bastião anunciou
Quando abriu a porteira:

- Dá licença, meu patrão
Em sua morada entrar

Em nome de Santo Reis
Uma esmola em vosso nome
Queremos cantar pr’ocês
Enquanto o dia não some

Lá detrás daquela serra
Uma luz há de brilhar

Começa ocê primeiro
Que depois eu vou atrás
Traz pra adiante os violeiro
Que o povo é bão demais

Cafezinho, broa fria
Prosa boa de encantar

Então o dono da casa
Disse assim para seus filhos:
- Passa por debaixo da bandeira
Beija o santo e pede a graça

Que a alegria lá de cima
Há de nos acompanhar

Bendito de São José
(recolhido por Frei Francisco Van Der Poel em Virgem da Lapa, Tuntum, MG, 1974)
Bendito, louvado seja
Senhor São José
Leva Deus menino
Para Nazaré
Se eu fora com ele
Bem acompanhado
Da Virgem Maria
Coroa consagrada
Coroa consagrada
Que vem lá da glória
Bem que nós adoremo
Aquela Senhora
Aquela Senhora
De tão bão coração
Não deixa morrer
Sem a confissão
Sem a confissão
Não hei de morrer
Ninguém vai no céu
Se não merecer
Abre a porta senhora
Para entrar Jesus
Com os braços abertos
Cravado na cruz
Cravado na cruz
Vossos pés também
Louva Deus menino
Para sempre, Amém

José e Maria
José Carpinteiro
Procura agasalho
As horas se passam
Já cantou o galo
Ninguém abre a porta
Naquela cidade
José entristece
Tão pobre e cansado.

José Carpinteiro
E a Virgem Maria
Procuram pousada
Numa estrebaria
A noite chegou
E a hora esperada
Maria suspira
Tão pobre e cansada.
José Carpinteiro
Achou agasalho
Maria descansa
Tão rica nas palhas
Belém abre as portas
Banhada de luz
A estrela já trouxe
O menino Jesus.

 Cantiga para acalentar o menino
"O galo canta: - Cristo nasceu!
E o boi muge: - Onde? Onde?
E o carneiro berra: - Belém, Belém."
A ovelha traz a lã
Com o orvalho da manhã
Para alegrar o menino
Uma cabra toca o sino.
E a cantora sabiá
Se esgoela de cantar.
A aranha costureira
Tece uma roupa ligeira.
A galinha põe um ovo
Que bem serve pro almoço
E a vaca o que é que quer?
Trazer leite com café.
Se o menino não se cala
Nem se a borboleta embala
A mãe sabe consolar
Dando o peito pra mamar.

Santos Reis do Oriente (1)
Quando entro nesta sala
Que do Oriente vi
Falo meu nome, mais nada.
Sou rei de raça
Sou rei de Congo
É minha graça.
Quando entro nesta sala
Que do Oriente vi
Falo meu nome, mais nada.
Sou rei de caça
Sou rei de flecha
É minha arma.
Quando entro nesta sala
Que do Oriente vi
Falo meu nome, mais nada.
Sou rei de praça
De capa e espada
Rei de jornada.
Somos reis na terra
Somos reis no mar
Os pés do Menino
Viemos beijar.
Somos reis na terra
Somos reis no mar
Rei maior, Menino
Viemos louvar.

Baile do Menino Deus
Venham, estrela lua e sol
Neste sagrado momento
Bailar em grande recinto
Louvar belo nascimento
Dançar na roda do dia
Da noite e do firmamento.
Venham homens e pastoras
Crianças e os bichos também
A função já principia
Ao baile Deus menino vem
Nesta hora de alegria
Brincar é o que nos convém.
Senhores donos da casa
Jesus, José e Maria
O baile aqui não termina
O baile aqui principia
Do mesmo jeito que o sol
Se renova a cada dia
Da mesma forma que a lua
Quatro vezes se recria
Do mesmo tanto que a estrela
Repassa a rota e nos guia.
Cantar, dançar na folia
Todos vamos, vamos já
Caboclinhos e Cigana
Boi, Burrinha e Jaraguá
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar.

Menina da saia branca
(recolhida em Goiás e Portugal)
Menina da saia branca
Que fazes neste quintal?
Lavando os paninhos
Para a noite de Natal?
Encontrei uma senhora
À beira do rio
Lavando os paninhos
Do seu bento filho
Menina da saia branca...
Maria lavava
José estendia
O menino chorava
Com o frio que fazia
Menina da saia branca...
A Virgem ao peito
O foi aconchegar
E logo o Deus Menino
Deixou de chorar

Cantoria de folia de Reis
(recolhida em Mossâmedes, Crixás e Itaberaí, Goiás)
Os três reis vem de viagem
Pra lapinha de Belém } bis
Visitar Menino Deus
Que Virgem Maria tem } bis
Foi a noite e veio dia
E veio as horas também } bis
Pai e Filho, Esprito Santo
Na hora de Deus, amém } bis
Concluímos este canto
Fazendo o sinal da cruz } bis
Padre, Filho, Esprito Santo
Para sempre amém Jesus } bis

Cantoria de folia de Reis
(recolhida em Mossâmedes, Goiânia e Americano do Brasil, Goiás)
Santo Reis vai chegando
Com raio de resplendor } bis
Vai dizendo: Viva, viva
Viva o nobre Imperador } bis
Os três reis aqui chegaram
Cansados de viajar } bis
Procurando Deus Menino
Para eles adorar } bis
Deus te salve, Deus Menino
A santa estrela da guia } bis
Deus te salve, São José
Vossa mãe, Santa Maria } bis