Parábola da semente

"Saiu o semeador a semear..." (Mc 4,3)



quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Celebração para o Dia Mundial da Paz 2011


Tema 
“Liberdade religiosa, caminho para a paz”
(Celebração inspirada na Mensagem do papa Bento 16)
(Esta celebração pode ser feita individualmente, mas, de preferência, em grupos, comunidades, na véspera ou no dia do novo ano, nos locais de trabalho, nos ambientes de família, nas igrejas, comunidades, nos hospitais, prisões, asilos, e até em ambientes onde se encontram as pessoas para férias e descanso. Criar um ambiente com flores, mesa com toalha branca, a Bíblia, uma vela acesa. Na frente de todos, coloca-se um pequeno cartaz com o tema: “Liberdade religiosa, caminho para a paz”. Também se pode colocar um tecido branco simbolizando a bandeira da paz. A celebração é conduzida por um/a Presidente (P ) e conta com dois/duas Leitores (L1 e L2). Os cantos são conhecidos, mas podem ser copiados para que as pessoas acompanhem. Podem também ser acrescentados outros cantos com o mesmo tema: a paz).

P:  Boas vindas a todos. Graça e Paz! No primeiro dia do Ano Novo de 2011, celebra-se o 44º  Dia Mundial da Paz. Com expressão de votos de paz, aos homens e mulheres de boa vontade do mundo inteiro, o papa Bento 16, nos convida a refletir sobre o tema: Liberdade religiosa, caminho para a paz. Iniciamos nosso encontro, nos cumprimentando e cantando.
Canto: Quero te dar a paz
Quero te dar a paz do meu Senhor com muito amor!
Quero te dar a paz do meu Senhor com muito amor!


1.Na flor vejo manifestar o poder da criação,
Nos teus lábios eu vejo estar o sorriso de um irmão
Toda vez que te abraço e aperto a tua mão,
Sinto forte o poder do Amor dentro do meu coração!

2.Deus é Pai e nos protege, Cristo é o Filho e Salvação
Santo Espírito Consolador, na Trindade somos irmãos!
Toda vez que te abraço e aperto a tua mão
Sinto forte o poder do Amor dentro do meu coração!

P: Dia 1º de janeiro é o Dia Mundial da Paz. O que é a paz? Como a simbolizamos? Como a definimos? 

L1: Simbolizamos a paz de tantas formas: pela cor branca, com nossos gestos, com atitudes de reconciliação. A pomba é um símbolo bíblico da paz.

L2: A paz está dentro e fora de nós. Nas relações sociais, e com a natureza.
C: Muitas pessoas falaram da paz. Recordemos algumas.
L1: Não existe um Caminho para a PAZ. A PAZ é o Caminho!, disse Gandhi.

L2: Não há paz sem justiça, não há justiça sem perdão. Disse o papa João Paulo 2º .
L1: Temos de aprender a viver todos em paz, como irmãos, ou morreremos todos como loucos. De Martin Luther King.
L2: ...então eu pergunto: por que não dar uma chance para a paz? Frase de John Lennon .
L1:  E Jesus Cristo disse: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou, não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize."(Jo 14,27).
P: Diz Bento 16, na Mensagem deste ano:

L1 A paz é um dom de Deus e, ao mesmo tempo, um projeto a realizar, nunca totalmente cumprido. Uma sociedade reconciliada com Deus está mais perto da paz, que não é simples ausência de guerra, nem mero fruto do predomínio militar ou econômico, e menos ainda de astúcias enganadoras ou de hábeis manipulações. Pelo contrário, a paz é o resultado de um processo de purificação e elevação cultural, moral e espiritual de cada pessoa e povo, no qual a dignidade humana é plenamente respeitada. Convido todos aqueles que desejam tornar-se obreiros de paz e sobretudo os jovens a prestarem ouvidos à própria voz interior, para encontrar em Deus a referência estável para a conquista de uma liberdade autêntica, a força inesgotável para orientar o mundo com um espírito novo, capaz de não repetir os erros do passado. ».

P: Disse o Servo de Deus o papa Paulo VI, a cuja sabedoria e clarividência se deve a instituição do Dia Mundial da Paz:

L2: «É preciso, antes de mais nada, proporcionar à Paz outras armas, que não aquelas que se destinam a matar e a exterminar a humanidade. São necessárias sobretudo as armas morais, que dão força e prestígio ao direito internacional; aquela arma, em primeiro lugar, da observância dos pactos»

P: A liberdade religiosa é uma autêntica arma da paz, com uma missão histórica e profética. De fato, ela valoriza e faz frutificar as qualidades e potencialidades mais profundas da pessoa humana, capazes de mudar e tornar melhor o mundo; consente alimentar a esperança num futuro de justiça e de paz, mesmo diante das graves injustiças e das misérias materiais e morais.

L1: Na sua Mensagem, deste ano, Bento XVI lembra: “é doloroso constatar que, em algumas regiões do mundo, não é possível professar e exprimir livremente a própria religião sem pôr em risco a vida e a liberdade pessoal. Noutras regiões, há formas mais silenciosas e sofisticadas de preconceito e oposição contra os crentes e os símbolos religiosos. Os cristãos são, atualmente, o grupo religioso que padece o maior número de perseguições devido à própria fé. Muitos suportam diariamente ofensas e vivem frequentemente em sobressalto por causa da sua procura da verdade, da sua fé em Jesus Cristo e do seu apelo sincero para que seja reconhecida a liberdade religiosa. Não se pode aceitar nada disto, porque constitui uma ofensa a Deus e à dignidade humana; além disso, é uma ameaça à segurança e à paz e impede a realização de um desenvolvimento humano autêntico e integral”.

L2: Depois, o papa  diz: “exorto os homens e mulheres de boa vontade a renovarem o seu compromisso pela construção de um mundo onde todos sejam livres para professar a sua própria religião ou a sua fé e viver o seu amor a Deus com todo o coração, toda a alma e toda a mente (cf. Mt 22, 37).”

P: E o papa nos ajuda a pensar em algumas questões:
L1: - No direito sagrado à vida e a uma vida espiritual.
L2: - Na liberdade religiosa e respeito recíproco.
L1: - Na família, escola de liberdade e de paz.
L2: - Nos direitos e liberdades fundamentais radicados na dignidade da pessoa. Entre eles,  a liberdade religiosa goza de um estatuto especial.
L1: - Na dimensão pública da religião: a liberdade religiosa – como qualquer outra liberdade – realiza-se na relação com os outros. Uma liberdade sem relação não é liberdade perfeita.
L2: - Os perigos da instrumentalização da liberdade religiosa.
L1: - No fundamentalismo e a hostilidade contra os crentes.
L2: - No diálogo entre instituições civis e religiosas
L1: - No mundo globalizado, as grandes religiões podem constituir um fator importante de unidade e paz para a família humana.
L2: - Os cristãos, por sua vez, são solicitados pela sua própria fé em Deus, Pai do Senhor Jesus Cristo, a viver como irmãos que se encontram na Igreja e colaboram para a edificação de um mundo, onde as pessoas e os povos «não mais praticarão o mal nem a destruição” (Is 11, 9). O mundo tem necessidade de Deus; tem necessidade de valores éticos e espirituais, universais e compartilhados, e a religião pode oferecer uma contribuição preciosa na sua busca.

P.: E Bento 16 aponta para uma estrada:
L1: - A estrada indicada não é a do relativismo nem do sincretismo religioso. De fato, a Igreja «anuncia, e tem mesmo a obrigação de anunciar incessantemente Cristo, “caminho, verdade e vida” (Jo 14, 6). Todavia isto não exclui o diálogo e a busca comum da verdade em diversos âmbitos vitais, porque, como diz uma expressão usada frequentemente por São Tomás de Aquino, «toda a verdade, independentemente de quem a diga, provém do Espírito Santo».

P: E o papa se dirige, por fim, às comunidades cristãs que sofrem perseguições, discriminações, atos de violência e intolerância, particularmente na Ásia, na África, no Médio Oriente e de modo especial na Terra Santa, lugar escolhido e abençoado por Deus.

L2: Diz ele: “Ao mesmo tempo que lhes renovo a expressão do meu afeto  paterno e asseguro a minha oração, peço a todos os responsáveis que intervenham prontamente para pôr fim a toda a violência contra os cristãos que habitam naquelas regiões. Que os discípulos de Cristo não desanimem com as presentes adversidades, porque o testemunho do Evangelho é e será sempre sinal de contradição.
Meditemos no nosso coração as palavras do Senhor Jesus: «Felizes os que choram, porque hão-se ser consolados. (...) Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. (...) Felizes sereis quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentido, vos acusarem de toda a espécie de mal. Alegrai-vos e exultai, pois é grande nos Céus a vossa recompensa» (Mt 5, 4-12).
P.: Cantemos a Oração da Paz.
Canto:  Oração de São Francisco
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvida, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz. Ó Mestre,
fazei que eu procure mais, consolar que ser consolado,
compreender que ser compreendido, amar, que ser amado. Pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a vida eterna...

P: A paz é um dom de Deus e, ao mesmo tempo, um projeto a realizar, nunca totalmente cumprido. “Que todos os homens e as sociedades aos diversos níveis e nos vários ângulos da terra possam brevemente experimentar a liberdade religiosa, caminho para a paz.”  
Demonstrando que assumimos o empenho  para construir a paz, em nós, em nossas famílias, no grupo, em nossa equipe de trabalho, na sociedade, vamos passar de mão em mão a bandeira da paz, cantando.

Canto: É bonita demais – Zé Vicente
É bonita de mais, é bonita de mais a mão
de quem condiz a bandeira da paz. (bis)

- É a paz verdadeira, que vem da justiça, irmão.
É a paz da esperança,  que nasce de dentro do coração.

É a paz da verdade, da pura irmandade do amor, paz da comunidade, que busca igualdade, ô, ô

Paz que é graça e presente, na vida da gente de fé, paz do onipotente, Deus na nossa frente, Javé.

Bênção
P: Que o Senhor nos abençoe, livre-nos de todo mal, de toda violência, e nos conduza em seus caminhos de paz!  Amém.

Leia a Mensagem do Papa, na íntegra,  em: